O site de vídeos YouTube está explorando a possibilidade de vender assinaturas para que o público tenha acesso a alguns vídeos restritos. “Potencialmente, é uma forma de disponibilizar alguns canais da TV à cabo fora dos tradicionais pacotes que estas oferecem”, declara Salar Kamangar, vice-presidente sênior do YouTube.
Em encontro da Reuters Media and Technology Summit, realizado na última quinta-feira, Kamangar disse acreditar que canais à cabo com menores audiências futuramente vão migrar para a web e disponibilizar conteúdos em uma base “a la carte”. Alguns destes canais, que atualmente recebem pouco ou nenhum valor dos distribuidores de canal à cabo, poderiam encontrar ofertas viáveis através do YouTube, site pertencente ao Google, que então venderia assinaturas para algumas das centenas de milhões de pessoas que assistem vídeos online todo mês.
O site considera ainda cobrar uma taxa para habilitar alguns dos programas de vídeo originais recentemente lançados em canais no Youtube.”Não não temos nada para anunciar agora. É algo realmente importante para vários dos nossos atuais criadores de conteúdo, bem como para os que ainda não estão no YouTube, então nós estamos levando a ideia à sério e pensando sobre isso cuidadosamente”, disse Kamangar.
Os comentários do vice-presidente vieram à público ao mesmo tempo em que o Departamento de Justiça norte-americano publicou um inquérito para saber se os distribuidores de TV à cabo estão sendo um empecilho para o desenvolvimento do setor de vídeos online.
O YouTube está em primeiro lugar entre sites de vídeos, com mais de 4 bilhões de transmissões todos os dias. Atualmente, o site lucra vendendo campanhas publicitárias, incluindo comerciais antes dos vídeos e patrocínios em algumas áreas do site, ainda que o Google não seja motivo de quebra para as finanças do YouTube.
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