SEO (Search Engine Optimization, ou Otimização para motores de busca) é o nome que se dá a um conjunto de técnicas que visam tornar um site amigável aos motores de busca (como o Google, por exemplo).
Para que um site seja bem posicionado nos resultados orgânicos, para que seus números de acesso subam, é essencial que sejam utilizadas certas técnicas criadas com base na maneira como os buscadores funcionam. Entender como os motores de busca funcionam, como eles trabalham, como eles buscam, o que é relevante ou não, é essencial para o SEO, e para o sucesso.
Webmasters, desenvolvedores e profissionais de SEO devem entender pelo menos o básico para fazer com que um site saia do limbo e seja encontrado pelo Google, principalmente. Vale lembrar, entretanto, que de nada adianta focar no SEO sem ter conteúdo. Conteúdo de qualidade, diga-se de passagem, e isto foi ainda mais reforçado com as recentes atualizações no algoritmo do Google, como o Panda e o Penguin.
Problemas de SEO são muito comuns, também. Muitas vezes os proprietários de um website ou blog não têm condições de contratar uma agência especializada, e acabam realizando o trabalho por si mesmos. Isto pode proporcionar uma enorme economia, é claro, mas também pode resultar em problemas que, a médio prazo, acabam provocando muitas dores de cabeça (sem falar no risco de penalidades).
Entender um pouco mais do assunto nunca é demais. Identificar os problemas de SEO mais comuns, e saber como resolvê-los, é de suma importância. Vamos dar uma olhada nos 10 mais comuns:
1) Conteúdo duplicado
Este é um problema que acaba atrapalhando bastante os webmasters, inclusive devido ao enorme incômodo causado pelas pessoas que simplesmente praticam “copiar e colar” (copy & paste). Pessoas que montam sites e blogs, copiam textos diversos, artigos e notícias de outros, sem permissão, indiscriminadamente, e então os reproduzem, muitas vezes praticando até mesmo hotlink.
O conteúdo duplicado também acaba fazendo com que o robô do Google tenha de trabalhar mais, por exemplo. Além disso, conteúdo duplicado, conteúdo replicado em diversos sites, conteúdo exatamente idêntico, que é encontrado em mais de um endereço após uma busca, acaba sendo problemático para o usuário. E, assim, acaba sendo algo que esbarra na política de excelência em conteúdo do Google. Afinal, imagine alguém realizando uma busca e se deparando com 5, 10 (ou mais) resultados apontando para textos idênticos?
É importante também ficarmos atentos aos sites desenvolvidos com base em CMSs e/ou sites dinâmicos (WordPress, Joomla, etc). Tais sites acabam montando todas as páginas à partir de entradas em bancos de dados, dinamicamente. Erros simples na configuração do CMS podem acabar resultando em uma série de páginas idênticas ou muito similares. É importante termos sempre em mente que tudo o que possa retardar a velocidade com a qual os robôs dos buscadores indexam conteúdo não é bem vindo. Páginas de comentários do WordPress com centenas e centenas de comentários, por exemplo, que demoram “uma eternidade” para carregar: isto também não é nada bom para o SEO do blog ou site.
Ter certeza de que apenas o modo de acesso “sem www” está disponível, também, pode ajudar a eliminar endereços desnecessários, links desnecessários, conteúdo duplicado e desnecessário. Por exemplo, opte por “www.seusite.com” ou então por “seusite.com” (sem www), e nunca por ambos. Algumas poucas linhas no seu arquivo .htaccess resolvem este problema e eliminam muitas dores de cabeça.
Sites com versões em 2 (ou mais) idiomas também podem acabar resultando em conteúdo duplicado, e uma maneira de resolver o problema é utilizar o atributo “rel=”alternate” hreflang=”x” dentro da seção <head> das páginas. Um outro modo de prevenir conteúdo duplicado é usar URLs canônicos (rel=”canonical”). Assim, você pode indicar aos buscadores qual página com conteúdo duplicado (caso exista, claro) deve ser indexada.
Leia também: 20 dicas e truques extremamente úteis do .htaccess
2) Sites não mobile-friendly
Conforme já explicamos aqui, sites não mobile-friendly, não amigáveis para os motores de busca, são bastante problemáticos. Além disso, a lentidão no carregamento e os problemas de layout podem acabar fazendo com que a sua bounce rate (taxa de rejeição) aumente, o que não é nem um pouco saudável.
A maneira de resolver este problema (e até mesmo de detectá-lo) é bem simples: opte por temas e layouts responsivos. Mude de tema e/ou layout caso este ainda não seja responsivo.
Antes de qualquer coisa: verifique se o seu site é mobile-friendly ou não, através do Mobile-Friendly Test do Google ou do Google Webmasters. Não perca tempo.
3) Navegação pobre / problemática
Garantir que os visitantes obtenham uma experiência excepcional deve estar sempre na mente dos desenvolvedores. Para tanto, grande importância deve ser dada à navegação, aos menus, à usabilidade. Implemente botões de navegação, links, sidebars, de maneira inteligente. Links de navegação no topo, no footer e na sidebar (além de breadcrumbs, claro) são sempre uma boa pedida, tanto para ajudar o visitante durante a navegação quanto para melhorar a “linkagem” interna (sem falar naqueles benefícios mais diretos para o visitante, como por exemplo, evitar que ele “se perca”.
Um link/botão que permita o retorno para a página inicial também é importantíssimo, e nem precisamos lembrar que ele deve também estar presente em todas as páginas.
4) Otimização de imagens
Certifique-se de utilizar imagens otimizadas, e lembre-se de que isto vai além de um “simples” bom nome de arquivo (lembre-se também de que após o upload, toda imagem no site terá sua própria URL, portanto, é muito melhor usar palavras chave, algo como “seo_otimizacao_imagem”, do que simplesmente “P5260025”, por exemplo).
Lembre-se também de que os robôs de busca (incluindo o do Google) não “leem imagens”. Eles vasculham as páginas web em busca de código, de texto (HTML, por exemplo), e assim, é importante incluir informações adequadas também nas imagens, para uma correta localização e indexação.
Use sempre os atributos “Title” e “ALT” para passar aos motores de busca informações a respeito das imagens. No “Title” informe o conteúdo, ou seja, o “assunto” da imagem, uma pequena explicação em texto sobre a mesma, um “rótulo”. Já no “ALT”, informe detalhes extras, mas também sem se descuidar do conteúdo. Lembre-se de que este atributo controla também o que será exibido pelo navegador do visitante caso algum problema impeça o carregamento da imagem.
5) URLs confusas
Pense: o que é melhor? O que você guardará mais facilmente, o que será mais simples de lembrar nos acessos futuros, por exemplo? Um endereço como “www.seusite.com/produtos/ipad_mini” ou “www.seusite.com/produtos/p=IN28795255JH”?
Agora imagine esta informação “nas mãos” de um robô, do Googlebot. Pois bem, este tipo de URL, bastante confusa, é também problemática para os motores de busca. URLs do segundo tipo (ou bastante semelhantes) são automaticamente geradas por diversos sistemas gerenciadores de conteúdo, como o WordPress, por exemplo, e acabam fazendo com que os sites sejam prejudicados nas buscas.
Uma palavra-chave nas URLs nunca é demais (muito pelo contrário), e os benefícios em termos de SEO são enormes (os mecanismos de busca também agradecem ).
Mas, caso você altere sua estrutura de links para se ver livre destas URLs confusas, lembre-se de utilizar redirecionamentos 301, afinal, você não quer que seus visitantes e clientes (incluindo os antigos) se deparem com páginas de erro 404.
6) Link building questionável
Como sabemos, o link building é importantíssimo para que um site obtenha links importantes e válidos, para que seu posicionamento seja melhorado e até mesmo para que o tráfego seja aumente. Porém, diversas técnicas questionáveis devem ser evitadas, inclusive para que penalidades não sejam impostas pelo Google. Abusar de link building é extremamente desaconselhável, assim como utilizar black hat SEO.
“Linkagens” que pareçam não naturais, forçadas, também, são negativas. O webmaster deve evitar técnicas black hat no link building, a qualquer custo, até mesmo porque aqui os danos são bastante difíceis de serem revertidos.
A compra de links é outra prática que deve ser evitada, e o Google luta bastante para identificar links resultantes destas “transações” e atualizar seu algoritmo de acordo. Spams também são extremamente negativos (jamais “force” nada, em fóruns, por exemplo). Em suma, faça tudo naturalmente e evite exageros.
7) Redirecionamentos impróprios
Uma vez que você mudou páginas de lugar (ou até mesmo o site inteiro), configure um redirecionamento 301. Não deixe as páginas de erro 404 (not found – não encontrado) se tornarem uma constante, sob pena de perder visitantes e conversões, além de complicar a vida dos motores de busca (e isto, como sabemos, acaba se revertendo em problemas, quedas nos resultados de busca, etc).
Utilize o Google Webmasters para localizar possíveis erros 404 (vá em “Rastreamento”).
8) Lentidão no carregamento das páginas
É importante verificar o tempo de carregamento das suas páginas, e uma passadinha nas ferramenta gratuitas do Pingdom pode te ajudar bastante, sendo que o resultado ainda confere ao site uma nota e uma estimativa de rapidez em relação aos demais já testados.
Vale também lembrar que inúmeros fatores podem influenciar a velocidade de carregamento das páginas, incluindo plugins do WordPress (veja aqui um ótimo plugin para descobrir quais são os maiores causadores de lentidão). Uma ferramenta como o GT Metrix, aliás, pode ser extremamente útil. Acesse-a e informe sua URL. Aguarde a geração do relatório e verifique os problemas relatados.
Note que o GT Metrix também confere uma nota ao site, além de fazer uma série de recomendações (que podem ser inclusive visualizadas com mais detalhes). Não deixe de conferir e, se possível, implementa-las (pelo menos parte delas). Velocidades de carregamento baixas podem fazer com que os visitantes acabem desistindo. Sua bounce rate pode aumentar, assim, sem falar que estamos aqui falando também a respeito de um “detalhe” que impacta negativamente a experiência do usuário.
Lembre-se também de que o servidor pode ser um dos responsáveis pela má performance das páginas. Opte por servidores dedicados sempre que possível (considerando também aqui, obviamente, o custo-benefício). Veja também se estão disponíveis planos que oferecem SSDs ao invés de HDDs, e pesquise para saber se o regime compartilhado não está sofrendo abusos.
Tente verificar se não existem muitos sites na mesma máquina (muitas vezes, até, sites que gastam recursos do servidor em demasia, prejudicando outros clientes “nas redondezas” e sem que a empresa responsável tome as medidas necessárias).
Webhosting é um assunto que espinhoso, portanto, busque opiniões de amigos, de conhecidos, de pessoas que trabalham com a mesma empresa há anos. Busque por referências, e antes de assinar/migrar, esclareça com o suporte da empresa o máximo de dúvidas possível (use períodos de testes, também, caso disponíveis).
9) Use marcação de dados estruturados
A marcação de dados estruturados pode melhorar a indexação de suas páginas, e projetos como o Schema.org, com seus vocabulários, acabam permitindo o fornecimento de informações extras sobre o conteúdo, justamente para os motores de busca (os maiores “interessados”, se pensarmos bem).
Com a inserção de pequenos trechos de código, os desenvolvedores podem ajudar bastante um conteúdo a ser encontrado.
10) O problema do Flash
Você já sabe, muito provavelmente, mas nunca é demais lembrar: evite o Flash. Não use o Flash. Esqueça dele.
Páginas desenvolvidas em Flash são cada vez menos comuns, felizmente. Mas elas ainda podem ser encontradas por aí. Páginas e sites em Flash não são interpretados pelo robô do Google. Este tipo de conteúdo não pode ser “lido” pelos motores de busca, e ao contrário das imagens, que contam com atributos específicos (ALT e Title) para que possamos “explicar” aos robôs do que se trata, para Flash, bem, não existe nada similar.
E se algo não pode ser lido pelos mecanismos de busca, este algo não é indexado. Simples assim. Se possível, não use Flash. Ou, então, reduza seu uso ao máximo. Prefira HTML 5 e CSS 3.