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Jogos de mundo aberto para a espera por GTA V no PC (pt. 2)

Esta é a segunda e última parte de nossa lista de jogos de mundo aberto para você jogar enquanto aguarda por GTA V no PC. A primeira parte você pode conferir através deste link, e ela conta com GTA IV, Sleeping Dogs, Far Cry 3, Assassin’s Creed IV: Black Flag e Watch Dogs, jogo que, aliás, continua vendendo muito bem, sendo que só na América Latina foram 600 mil cópias em um mês.

Há algo muito especial nos jogos de mundo aberto. Pelo menos, naqueles desenvolvidos com esmero e que levam a liberdade e a diversidade muito a sério. Tais jogos, para alguns jogadores, podem provocar uma imersão enorme. Podem, também, ser muito mais viciantes que um MMO.

Um título como GTA V, com sua miríade de opções, com seus 3 personagens jogáveis, com suas inúmeras atividades, missões primárias e secundárias, com seu espetacular e vibrante mundo, repleto de NPCs que não deixam de reagir à nossa presença e/ou atitudes, pode facilmente prender alguém por horas e horas (ou dias e dias, quem sabe 😉 ).

Não podemos nos esquecer também de que este ano seremos brindados com mais dois títulos open-world, ambos da Ubisoft: Far Cry 4 e Assassin’s Creed Unity; ou seja, boas opções não faltarão. Mas vamos ao que interessa. Vamos às nossas 5 recomendações restantes para que você consiga suportar esta angustiante espera por GTA V no PC: 😉

The Elder Scrolls V: Skyrim

The Elder Scrolls V: Skyrim

Aqui já estamos partindo para um lado mais medieval. Saem armas de fogo e entram espadas e lanças. Sai a tecnologia e entra a magia. Skyrim é o último título da renomada franquia The Elder Scrolls, e nele o jogador conta com um fantástico mundo aberto, além de uma infinidade de mods que podem ser baixados, inclusive através do Steam Workshop (o pessoal do NexusMods, vale ressaltar, é fera no assunto).

The Elder Scrolls V: Skyrim é um dos melhores RPGs dos últimos tempos, e na pele do Dragonborn, o jogador pode inclusive caçar dragões (algo muito divertido, diga-se de passagem). O protagonista pode utilizar alguns poderes bem peculiares (Shouts), e para adquiri-los e aprimorá-los ele deve absorver a essência dos dragões que aniquila.

A campanha de Skyrim é bem longa, e o jogo acaba ficando enorme devido à imensa quantidade de side-quests e outras atividades que se encontram à nossa disposição. Bem, podemos descobrir uma enorme variedade de coisas bacanas para fazer sem seguir roteiro algum, também. Podemos nos transformar, também, em vampiros ou lobisomens, e sofrer, claro, as consequências (bem como receber os benefícios) de tais transformações.

Em Skyrim, quanto mais se utiliza determinada habilidade, mais seu uso se torna natural, mais experts nela ficamos. Use bastante magia e você acabará se tornando um mago, e assim por diante. Assim, tudo acaba ficando mais natural e os jogadores podem explorar melhor suas habilidades e se focarem naquilo que mais gostam, nos armamentos, magias, habilidades e detalhes do personagem que realmente lhes interessam.

O continente de Tamriel é gigantesco, e o jogo é tão grande, que você poderá, literalmente, se perder, mesmo com um mapa à disposição. Paisagens de tirar o fôlego são uma constante, assim como quests que podem acabar com o Dragonborn bem rapidamente (ou não). Gigantes e mamutes, dentre outras criaturas fantásticas, também ajudam a preencher as paisagens fantásticas pelas quais caminhamos, e todo o cuidado é pouco.

Skyrim ainda oferece ao jogador uma série de situações durante as quais temos de realizar escolhas. Diálogos durante os quais temos de escolher uma dentre várias opções, sendo que nossa resposta pode alterar o rumo da conversa e, dependendo do caso, alterar o curso da história. Lembre-se um pouco de Mass Effect, e você terá uma noção a respeito destas escolhas.

Também podemos firmar laços de amizade com um número enorme de personagens. Casar e formar uma família é uma das opções, e aos arruaceiros vale também lembrar que existe a possibilidade de irmos parar em uma prisão escura, dependendo daquilo que fazemos.

Skyrim é uma das melhores experiências medievais open-world que você pode experimentar. O jogo oferece grande liberdade no momento de criarmos nossos personagens. Podemos ir até onde bem desejarmos, e cada floresta, cada ruína, cada velho casebre que encontramos pelo caminho pode representar a porta de entrada para fantásticas e inesquecíveis aventuras.

Saints Row: The Third

Saints Row: The Third

Saints Row: The Third é um jogo de mundo aberto nada sério. Ele mesmo não se leva a sério, e isto não é ruim. De maneira alguma. Ao jogá-lo, você dará boas gargalhadas e se divertirá muito. Tudo, nele, é engraçado. Situações, personagens e missões extremamente hilários (muitas vezes escrachados) o tornam diferente de outros games open-world.

O título, desenvolvido pela Volition e lançado em 2011, é o terceiro de uma franquia que começou em meados de 2006. Aqui temos um game que prima pela diversão, acima de tudo. Ambientado em uma cidade fictícia chamada Steelport, o jogo nos coloca na pele do chefão da gangue dos Saints, gangue esta que tem uma série de outras como rivais (destaque para o hilário grupo criminoso conhecido como “Luchadores” e seu chefão, Killbane).

Espere por tudo, ou quase tudo, em Saints Row: TT. Alienígenas, vestimentas ridículas, combates contra “ursinhos do mal”, vampiros, e por aí vai. O jogo também conta com uma ferramenta de criação de personagens fantástica, a qual permite que o jogador crie seu “personagem dos sonhos”. O visual do protagonista pode também ser alterado a qualquer momento, vale lembrar.

Como em todo bom jogo de mundo aberto (pelo menos naqueles cuja história se desenrola em ambientes urbanos), Saints Row: The Third permite que perambulemos pela cidade utilizando carros, motos e outros tipos de veículos. Mas, além disso, podemos também roubar e adicionar ao heliporto de nosso quartel-general uma série de outras belezinhas.

Helicópteros, por exemplo. Também podemos pilotar uma série de aviões, sendo inclusive possível causar enorme caos na cidade caso algum deles pouse em local inadequado. Mas o destaque mesmo fica com os VTOLS, aeronaves especiais capazes de realizar manobras espetaculares. Confesso que “perdi” muito tempo sobrevoando a cidade com estes veículos voadores, e vale lembrar que eles são veículos armados, portanto, imagine as “possibilidades”.

O título ainda conta com uma série de missões secundárias e atividades extras, todas elas recheadas de situações ridículas, engraçadas, etc. Destruir tudo à sua volta com um tanque, assassinatos, lutas contra gangues rivais e as engraçadíssimas atividades do Prof. Genki, por exemplo. Momentos nonsense também não faltam neste jogo, incluindo as pérolas proferidas pelo protagonista.

Saints Row: The Third é um enorme playground virtual. O jogador pode se perder em meio a tantas opções, opções que sempre levam a resultados muito bem humorados. Espere, também, por acontecimentos envolvendo sexo e/ou bastante violência, portanto, fica aqui o aviso: cuidado quando for jogar este petardo, e mantenha-se longe de crianças durante a jogatina.

Saints Row IV

Saints Row IV

Aqui a bagunça, a zoeira, são elevadas a níveis altíssimos. Se você gostou de Saints Row The Third, vai gostar mais ainda de Saints Row IV. O jogo foi lançado em Agosto de 2013, e também foi desenvolvido pela Volition, que continuou com o excelente trabalho. Esqueça, ao jogar este fantástico título, qualquer esperança de nele topar com algo sério. Esqueça personagens sérios, missões sérias, e apenas se deixe levar pela diversão.

Temos aqui outro fantástico parque de diversões virtual, lançado para consoles e, felizmente, para PC. Um playground repleto de deboche, de absurdos, de coisas realmente malucas. A começar pela história: o protagonista, antes apenas chefe de uma grupo criminoso, agora é o Presidente dos Estados Unidos da América. O jogo já começa com o personagem ocupando tal cargo, vale lembrar.

Somos brindados logo no começo com acontecimentos muito engraçados dentro da Casa Branca; é uma pena (mas necessário) que, de repente, algo estranho acontece: uma invasão alienígena! O império Zin invade a terra com tudo, sob o comando do fantástico, afetado e hilário Imperador Zinyak. Sério mesmo, preste atenção nas falas deste personagem, nas citações (que incluem Macbeth), em seu sotaque, no quanto o próprio personagem, ou seu dublador, parece se divertir com tudo aquilo.

O jogo também está repleto de referências e homenagens à cultura pop. A própria cidade na qual tudo acontece, em Saints Row IV, não é real. Estamos imersos em uma simulação da velha Steelport, e em um determinado momento, em certa missão, você se lembrará bastante da trilogia Matrix.

O personagem principal pode sair desta simulação, se teletransportando para sua nave, onde alguns de seus capangas permanecem. Tudo isto tem um fundamento dentro da maluca narrativa, por incrível que pareça, e aproveitando as vantagens do programa, da simulação, o chefão dos Saints acaba também adquirindo diversos poderes especiais. Ele se transforma em uma espécie de super-herói, contando com super velocidade, com a capacidade de realizar saltos altíssimos e dar socos poderosíssimos, dentre outros poderes.

Sendo assim, se você quiser, você pode inclusive esquecer qualquer tipo de veículo, seja ele aéreo ou terrestre, pois você será capaz de viajar a velocidades altíssimas (mas VTOLS, carros, motos e aviões continuam disponíveis, vale lembrar – isto sem falar em naves alienígenas pilotáveis).

Os alienígenas dominam a cidade, obviamente, e agora até a polícia é composta pelos seguidores de Zinyak. Tudo mudou, também, e existem monumentos e placas fazendo referência ao Império Zin, além de mensagens sonoras exaltando o mesmo.

A diversão continua altíssima neste quarto título da franquia, e a narrativa e o gameplay acompanham as mudanças de maneira fantástica. Por exemplo, em Saints Row: The Third, podíamos solicitar qualquer veículo, aéreo ou terrestre, e ele nos era entregue por algum capanga. Agora, em Saints Row IV, ao realizarmos o pedido, o veículo se materializa em nossa frente. Claro, estamos “dentro da Matrix”, não é? 😉

O jogo está repleto de diálogos e missões insanos. O protagonista não poupa o jogador de frases engraçadíssimas, e se você cansar de seu visual, basta ir até qualquer uma das clínicas de cirurgia plástica da cidade e alterá-lo. Mudanças de sexo também são possíveis e, bem, devemos dizer que você pode, através do editor de personagens, deixar o ex-presidente do jeito que bem desejar.

Saints Row IV é um ótimo jogo de mundo aberto. Mas, fica aqui também o aviso: “cuidado quando for jogar este petardo, e mantenha-se longe de crianças durante a jogatina“.

Just Cause 2

Just Cause 2

Just Cause 2 é outro petardo. Um espetacular open-world game lançado em 2010 e desenvolvido pela Avalanche Studios. O enredo não é o foco do título, vale ressaltar. Na pele do agente Rico Rodriguez, nos dirigimos até uma ilha fictícia chamada Panau, onde um ditador conhecido como Pandak “Baby” Panay comanda tudo com mãos de ferro.

No enredo de Just Cause 2, Panau foi, no passado, um aliado dos Estados Unidos, e o protagonista tem também de investigar seu ex-mentor, um cara chamado Tom Sheldon, o qual é suspeito de traição. Diversos clichês, não? Mas deixemos isto de lado, pois aqui o que importa é o fantástico e enorme mundo aberto que temos à disposição. À disposição para, literalmente, fazermos o que quisermos.

O título nos oferece, obviamente, uma série de missões e side-quests, mas a ilha principal e as demais do arquipélago são um verdadeiro parque de diversões no qual podemos fazer quase tudo. Temos também 3 facções presentes na ilha, e podemos nos aliar a qualquer uma delas. Podemos realizar missões destas facções, também, mas algo que o jogo deixa bem claro, algo que nos é sugerido quase que a todo momento é: destrua. Cause caos. Desestabilize o regime ditatorial. Divirta-se.

E uma das melhores formas de fazermos isto é justamente através da destruição de fortalezas, estátuas, propriedades do governo e carros de propaganda política. Invadir fortalezas, lutar contra seus soldados e liberá-las, para que rebeldes assumam o comando, também vale. Pontos de caos são liberados quando fazemos isso.

E é assim, através destas atividades, que vamos desbloqueando mais missões, conforme a facção que foi “ajudada” (além das missões da própria Agência). O mapa do jogo é imenso, e você pode ir a qualquer lugar. Rico possui também um gancho (o grappling hook), o qual é uma verdadeira mão na roda.

Este equipamento permite que ele se agarre praticamente em qualquer lugar, e também que ele se movimente rapidamente em qualquer direção: por exemplo, ao subir uma encosta, basta utilizar o gancho, disparando-o em direção a pontos altos, subindo rapidamente na sequência, e repetir o processo até chegar ao local desejado. O grappling hook também funciona para movimentação em terra, além de ser capaz de puxar soldados de encontro ao personagem principal (que logo depois podem ser mortos, claro).

Viaje pelo imenso mapa e visite os belíssimos cenários que estão à disposição, incluindo aeroportos, cidades povoadas, montanhas cobertas de gelo, rios e lagos. Utilize barcos de diversos tipos, helicópteros, aviões, carros, motos e caminhões. Just Cause 2 é, antes de tudo, um jogo para exercitarmos a liberdade. Um jogo no qual a adrenalina flui quase que a todo momento, e que ganhou recentemente um modo multiplayer gratuito, disponível no Steam e cortesia de alguns modders extremamente talentosos.

Se você deseja saber o que significa levar o termo sandbox muito a sério, jogue Just Cause 2.

Mafia II

Mafia II

Aqui temos o caso de um jogo que não pode ser considerado de mundo aberto. Pelo menos, não totalmente. O que temos aqui é um “mundo semiaberto”, talvez. Mas, de qualquer forma, esta lista não poderia deixar de contar com Mafia II, título desenvolvido pela 2K Czech e lançado em 2010.

Digamos que a cidade fictícia de Empire Bay, na qual a história acontece (e que lembra bastante Chicago, em alguns momentos), é aberta. Porém, a narrativa e as mecânicas do jogo limitam e impedem o jogador de realizar algo além das missões principais, secundárias e extras. Você pode, obviamente, perambular pelas ruas, andando ou de carro, sem problema algum.

Você pode visitar lojas de roupas, lojas de armas, atirar em civis, etc. Mas isto não faz parte do “script”, Mafia II não foi construído para ser jogado desta maneira, e você acabará percebendo isto rapidamente: não há o que fazer, em nenhum lugar, fora das missões.

Tudo acontece entre as décadas de 40 e 50, e como protagonista temos o italiano Vito Scaletta, o qual acaba se envolvendo com a Máfia e ganhando posições cada vez mais altas na organização (o final do jogo, aliás, é verdadeiramente surpreendente).

Os gráficos de Mafia II são belíssimos, e o clima do jogo não deixa dúvida de que estamos em um terreno delicado e lidando com criminosos de alta periculosidade. Existem diversos tipos de missões, e ressaltando mais uma vez, uma vez iniciada, uma missão tem de ser levada a cabo até o fim. Não existe aquela possibilidade de “enrolação”, de “desvios”, como nos verdadeiros jogos de mundo aberto (algo que deixou os fãs do primeiro título da franquia muito enraivecidos, aliás).

Mas o jogo é imperdível. Seu enredo é forte, intenso, e ele também conta com personagens extremamente cativantes, como o próprio Vito Scaletta, além de seu inseparável amigo, Joe. Informantes, policiais corruptos, prisões (você pode resistir a elas, também), mafiosos de primeira linha, traições, roubos de carros (para dirigi-los, logo em seguida) e tiroteios com estilo: tudo isto, e muito mais, faz parte de Mafia II, outro jogo imperdível enquanto aguardamos por GTA V no PC.