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10 Dispositivos Android que o tempo esqueceu

Se até o próprio criador do sistema operacional admite que gosta de trollar seus usuários, porque os fabricantes de dispositivos deveriam se levar a sério?

Infelizmente, nenhuma das aberrações que iremos mostrar agora nasceram fruto de uma grande brincadeira de seus criadores. São gadgets que várias pessoas, desde a concepção até a linha de montagem, colocaram fé que iria dar certo e não se transformar em um desastre de vendas ou alvo de piadas. Faltou aquele profissional de bom-senso, aquela voz para dizer “para, amiga, tá feio”. Acredite se quiser, esses 10 produtos chegaram no mercado:

1) Kyocera Echo

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“O que pode ser melhor que uma tela?”, algum executivo na Sprint perguntou em uma reunião. Algum subalterno foi rápido e respondeu: “duas telas, chefinho!”. Mas a matemática básica não funcionou na prática. A empresa investiu pesado em publicidade para promover seu dispositivo em 2011, mas o resultado foi um estranho aparelho que partia a experiência no meio, bagunçava a interface do Android e possuía uma lista muito pequena (e repleta de bugs) de aplicativos com suporte para a novidade. O Kyocera Echo acabou vendendo muito pouco e algum subalterno precisou atualizar seu currículo no Linkedin.

2) LG Optimus Vu 2 / Intuition

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A LG tentou conquistar o mercado de tablet indo na contramão das resoluções de seus concorrentes. O Optimus Vu 2 (também conhecido como Intuition em alguns mercados) tinha uma minúscula tela de 5 polegadas com a proporção 4:3, aquela que seu PC de 1024×768 tinha antes de você migrar para HD e não olhar para trás. Não deu certo.

3) Motorola Backflip

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Em uma era distante, antes de ser adquirida pelo Google, a Motorola tentava sobreviver no mercado com coisas como o Blackflip. Embora a ideia de incorporar um teclado físico a um aparelho Android não seja de se jogar fora, a implementação da Motorola envolvia teclas minúsculas, um certo malabarismo para abrir o dispositivo e um sensor multitoque nas costas que era constantemente ativado por acidente enquanto se digitava. O último prego no caixão era o mecanismo de busca padrão do sistema: Yahoo. Talvez o Blackflip tenha sido a ofensa final que fez o Google assimilar a Motorola…

4) Pantech Pocket

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A AT&T não se contentou em ser um gigante do acesso e investiu suas fichas em hardware com o Pantech Pocket em 2011. O dispositivo tinha 800×600 de resolução e uma proporção de 4:3. Olhando bem, parecia um iPad encolhido, desajeitado para segurar e bem feioso. Embora ele trouxesse o termo “Pocket” no nome, não havia bolso onde ele coubesse. Não vendeu nada e sumiu das lojas.

5) Samsung Galaxy Beam

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Até a Samsung tem seus dias de errar e o Galaxy Beam  é a prova disso. O grande diferencial deste smartphone era um pequeno projetor embutido que podia projetar uma imagem de até 50 poelgadas em uma parede. Infelizmente, a qualidade era duvidosa e o processo consumia bateria demais para que você pudesse, por exemplo, passar um filme na sua sala. Para quem usa projetores profissionalmente, a solução era insatisfatória e não poderia competir com um projetor de verdade. Para quem não trabalha com projetores, a solução da Samsung tornava o smartphone feio e pesado.

6) Samsung Continuum

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Quem vê a Samsung hoje não imagina que ela errou não uma, mas duas vezes no seu passado. E o Samsung Continuum foi mais um que tentou responder à pergunta “o que é melhor que uma tela?”, com “duas telas”. No caso aqui a segunda tela era um visor fininho na parte de baixo da frente do aparelho que poderia exibir notificações, notícias e outras informações que ninguém presta atenção. A adesão entre os desenvolvedores de aplicativos foi mínima e os usuários ficaram imaginando por que aquele desperdício de espaço que poderia ser ocupado por uma tela maior…

7) Sony Ericsson Xperia Play

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Um smartphone que também é um console portátil? Essa é uma daquelas ideias que tinha mesmo tudo para dar certo. Exceto que era uma ideia para um nicho muito específico de usuários. Afinal, quem deseja uma boa jogabilidade portátil provavelmente investiria em um console portátil dedicado. Para complicar o destino do Xperia Play, a própria Sony ofereceu apenas uma seleção limitada de jogos na sua loja, antes de perder completamente o interesse.

8) Samsung Galaxy Round

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A Samsung comparece na nossa lista com seu terceiro dispositivo! E com um aparelho em curva! Lamentavelmente, ao invés de curvar o aparelho de baixo para cima, como se tornou a moda recentemente, o Galaxy Round ousava ser curvo da esquerda para a direita. A impressão que dava era que o smartphone tinha empenado no bolso da calça. Nenhum aplicativo tirou vantagem desta estranha escolha de design e o produto acabou se tornando apenas uma curiosidade no portfólio da empresa.

9) Motorola Flipout

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Ao mesmo tempo em que o Blackflip não estava agradando, a Motorola colocou no mercado o Flipout. Seu tamanho era minúsculo, com uma tela que não chegava a três polegadas. Mas ele também girava em torno de si mesmo e revelava um teclado físico embutido. Se o teclado do Blackflip já era um desafio para qualquer dedo, imagine o do Flipout, ainda menor. Para complicar sua receptividade com os usuários, a interface não era otimizada para um visor quadrado e ele repousava estranho no palma da mão.

10) Sony Tablet P

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Sony foi mais uma que entrou na obsessão por uma segunda tela e lançou em 2012 o tablet acima. E, mais uma vez, os desenvolvedores de aplicativos não entraram na empreitada e o suporte era mínimo. Os consumidores terminaram com um aparelho que era mais pesado do que precisava ser, com uma ergonomia complicada na traseira e sem muita utilidade para duas telas.