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Tudo que você precisa saber sobre particionamento de disco

Imagine um apartamento sem paredes internas. Não há nada separando a cozinha do resto da casa, o que é um problema em dia de peixe frito. Ir ao banheiro também pode ser uma experiência constrangedora e o barulho da TV na sala certamente irá trabalhar quem estiver tentando dormir. Você pode até tentar separar os aposentos com biombos,  rearranjando os móveis e, definitivamente, colocando o fogão no mesmo “ambiente” que a geladeira. Mas ainda assim é não é para qualquer pessoa.

Esse apartamento sem paredes internas é seu HD no momento em que é instalado no seu PC: sistema operacional, dados pessoais, backups, arquivos de mídia, tudo misturado em um “ambiente” só. As pastas que você cria para tentar colocar ordem na bagunça são os biombos e sua própria disciplina de colocar cada coisa em seu lugar são os móveis organizados.

Se a situação acima, em ambos os casos, é atraente para você, tudo bem. Cada um com suas expectativas, tanto sobre apartamentos (ou deveríamos chamar de lofts?) quanto sobre disco rígidos. Entretanto, vamos tentar explicar para você que existe uma alternativa para esse último cenário: partições de disco.

O que é uma partição de disco?

Uma partição pode ser considerada como uma divisão ou “parte” de uma unidade de disco rígido real. Uma partição é, na verdade, apenas uma separação lógica da unidade inteira, mas fica a impressão de que a divisão cria várias unidades físicas, identificadas por letras diferentes (C, D, E, F ou qualquer outra de sua escolha).

O particionamento de disco é um recurso útil, mas freqüentemente negligenciado, para otimizar o armazenamento, o desempenho e até a segurança do sistema. O particionamento significa pegar o sistema e dividi-lo em subsistemas que são executados independentemente no mesmo hardware.

Dito isso, os usuários precisam ter cuidado para não causarem mais danos do que benefícios ao particionarem seus sistemas. Embora o próprio Windows ofereça funcionalidades nativas para gerar e gerenciar partições, para realizar essa tarefa de uma forma mais segura e prática, a ferramenta certa ajuda muito.

Que tipos de partição de disco podemos ter?

Qualquer partição que tenha um sistema operacional instalado é chamada de partição primária. A parte da tabela de partições de um registro mestre de inicialização permite até 4 partições primárias em um único disco rígido.

Embora 4 partições primárias possam existir, o que significa que um total de quatro sistemas operacionais diferentes podem ter boot múltiplo no mesmo disco rígido, apenas uma das partições pode estar “ativa” a qualquer momento, o que significa que é o sistema operacional padrão que o computador inicializa. Esta partição é referida como a partição ativa.

Uma (e apenas uma) das quatro partições primárias pode ser designada como uma partição estendida. Isso significa que um computador pode ter até quatro partições primárias ou três partições primárias e uma partição estendida. Uma partição estendida não pode conter dados em si. Em vez disso, uma partição estendida é simplesmente o nome usado para descrever um contêiner que contém outras partições que contêm dados, chamadas de partições lógicas.

Complicou? Calma que a nomenclatura nem é tão importante assim e os cenários são flexíveis, de acordo com as necessidades de cada usuários. Vamos explicar mais um pouco.

Não há limite para o número de partições lógicas que um disco pode conter, mas elas são limitadas apenas aos dados do usuário, não aos sistemas operacionais, como com uma partição primária. Uma partição lógica é o que você criaria para armazenar coisas como filmes, software, arquivos de programas etc.

Um cenário bastante comum é formado por um disco rígido com uma partição primária ativa (com o Windows instalado, por exemplo) e, em seguida, uma ou mais partições lógicas com outros arquivos, como documentos, vídeos e dados pessoais. Obviamente, isso será diferente de computador para computador e de usuário para usuário.

Os esquemas de particionamento também variam de sistema para sistema. Outro cenário bastante comum é ter várias partições em um disco, cada uma formatada com seu próprio sistema de arquivos ou como uma partição de troca (swap). Ter várias partições nessas condições é vantajoso para proteger arquivos de vírus em outras partições e ter a capacidade de inicializar a partir do sistema operacional escolhido.

Vantagens do particionamento de disco

Um disco com várias partições oferece vantagens sobre um disco com apenas uma única partição, porque oferece um maior grau de flexibilidade. Mas as vantagens não param por aí.

A vantagem mais citada pelos adeptos do particionamento de disco é separar sistema operacional dos dados pessoais. Dessa forma, você pode ter o sistema e os arquivos de programas em uma única partição e arquivos (fotos, músicas, documentos, filmes) em outra partição separada, mesmo com um único disco rígido. Essa divisão facilita, por exemplo, na hora em que é preciso reformatar o sistema e reinstalá-lo, reduzindo drasticamente o risco de perda de arquivos: basta formatar a partição onde o sistema reside, sem mexer na partição de dados.

Essa divisão também agiliza o processo de desfragmentação. Desta forma, ao invés de executar um longo e demorado processo de desfragmentação em um disco de 1TB, por exemplo, você iria utilizar a funcionalidade somente na partição de sistema, para ganho de performance no acesso de programas.

Um disco com múltiplas partições também permite a criação e restauração de imagens, usando ferramentas específicas para essa função. Por motivos óbvios, programas de criação de imagens de disco não permitem salvar o resultado no mesmo espaço lógico que está sendo copiado e você precisará de pelo menos uma segunda partição para realizar uma cópia exata da primeira e o mesmo requisito será necessário em caso de restauração.

Finalmente, como já mencionamos, se você tem interesse de experimentar ou utilizar múltiplos sistemas operacionais no mesmo computador, um dos métodos para isso é possuir múltiplas partições primárias separadas, uma para cada sistema operacional. Mesmo que você não planeje fazer isso de imediato, pode ser uma medida de precaução criar uma partição alternativa para adotar um sistema dual-boot no futuro, principalmente em casos de emergência.

Riscos do particionamento de disco

Como um procedimento com tantas vantagens, o particionamento de disco não está livre de riscos e mal-executado pode causar mais prejuízos do que vantagens.

Se realizado incorretamente, o processo pode gerar instabilidade, perda de dados ou perda de capacidade total do disco. Múltiplas partições exigem que o sistema duplique determinadas áreas de administração de arquivos ou gerar arquivos duplicados, assim como também pode haver perda de performance quando o sistema precisa acessar arquivos localizados em diversas partições.

Além disso, o processo de configuração exige cuidado e tempo, mesmo que seja feito uma única vez.

Outro problema é a transferência de arquivos entre partições, que tende a demorar bem mais do que a transferência de arquivos dentro da mesma partição, ainda que estejamos falando do mesmo disco físico.

Por último, temos uma desvantagem que está presente em diversos tutoriais disponíveis na internet, mas que gostaríamos de evitar aqui: não existe a “melhor” estratégia de particionamento. As necessidades de um usuário podem não corresponder às necessidades de outro usuário. Cada um de nós pode apresentar diferentes sistemas operacionais, para diferentes objetivos, com diferentes configurações de disco interno e externo ou combinações de HD e SSD que afetam e muito a política de particionamento.

Desta forma, não se pode dizer que exista um certo ou errado ao se particionar um disco, desde que os objetivos do usuário sejam atingidos. Existem até mesmo cenários em que o particionamento não é recomendado. Essa decisão deixamos para você. Assim como o que fazer no seu apartamento.

Ferramenta recomendada para particionamento de disco e gerenciamento de partições

Uma vez que você tenha optado por particionar seu disco rígido, o que podemos fazer agora não é recomendar o que fazer, mas recomendar como fazer. E isso implica em recomendar uma ferramenta com anos de estrada, garantia de qualidade de uma empresa reconhecida e que, ainda por cima, está em promoção nesse período natalino.

Estamos falando do EaseUS Partition Master, um programa de particionamento que vai muito além de apenas dividir seu disco rígido usando uma interface mais amigável do que aquela do próprio Windows. O que esse programa da fabricante EaseUS oferece é uma suíte completa por um preço acessível para tudo que esteja relacionado a gerenciamento de discos e partições.

Com o Partition Master, é possível transferir um sistema operacional inteiro de uma partição para outra ou de um HD para um SSD sem precisar de reinstalação, converter sistemas de arquivos, ampliar a performance do sistema como um todo, mudar o tipo de partição, expandir ou reduzir o volume da partição, mesclar partições sem perda de dados e até recuperar partições perdidas devido a falhas em outras ferramentas.

O programa da EaseUS ainda conta com um recurso de clonagem de disco que dispensa a necessidade de uma ferramenta adicional e conta com mecanismos internos de prevenção de falha que podem reverter o sistema a condição anterior em casos de problemas durante o particionamento.

Tudo isso com um interface de usuário renovada: mais simplificada e intuitiva para facilitar a vida de quem não tem muita experiência em particionamento. Para usuários mais avançados, o Partition Master oferece também suporte a linha de comando e recursos poderosos, como a criação de um disco inicializável do WinPE e alinhamento 4K para maximizar a eficiência de unidades SSD.

A loja da EaseUS está com uma promoção caprichada nesse final de ano, mas aqueles que ainda estiverem indecisos podem aproveitar a versão gratuita para testes para avaliar a compra no futuro.