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Como escolher um domínio

Antes mesmo de você escrever uma linha de código, pintar um pixel no Photoshop ou traçar uma linha no Corel, seu site começou como uma ideia. E essa ideia precisa de um nome que corresponda.

Infelizmente, na maioria das vezes não dá para pegar o domínio que você queria tanto. A World Wide Web já está aí tem uns vinte anos e todos os nomes bons já foram pegos por empresas sérias ou aproveitadores. Será?

Sites de leilão de domínios como o Sedo podem ser uma boa alternativa se você está disposto a investir pesado para angariar um bom nome. No Brasil, nomes disputados pode ficar amarrados em problemas jurídicos ou congelados por anos a fio sem uma solução.

Mas se você não tem paciência, nem verba, é melhor pensar em alternativas. Prestando atenção a algumas dicas:

  1. A maioria absoluta dos usuários só conhece os TLDs .com, .net e .org e mesmo esses dois últimos não são tão populares quanto o primeiro. O ICANN pode liberar centenas de alternativas, milhares talvez, mas o público vai continuar preferindo os tradicionais. Qual foi a última vez em que você entrou em um site .info ou .hotel?
  2. Em contrapartida, se você deseja preservar a sua marca, é bom adquirir, pelo menos, os três mais famosos. É muito comum você registrar meusitebacana.com e tempos depois um oportunista registrar meusitebacana.net ou meusitebacana.org. Você constrói sua marca com trabalho pesado, divulgação e publicidade e o malandro fatura uns trocados com aqueles usuários que se confundirem na hora de digitar o endereço ou tentando se passar pelo site legítimo. Resolver um conflito desses pode ser mais complicado do que você gostaria e o valor do domínio alternativo ficará mais caro na mão do aproveitador.
  3. Evite utilizar hifens no seu domínio: eles confundem o usuário e também abrem brecha para oportunistas.
  4. Domínios confusos como del.icio.us podem ter feito sucesso no passado, mas certamente mais pela qualidade do serviço do que pela URL. Erros de digitação são inevitáveis nestes casos. E não se iluda: o próprio Delicious acabou comprando o domínio delicious.com e abandonando a grafia estranha. Agora, tente digitar tumbler.com para ver se você vai cair no site da rede social Tumblr (dica: não vai).
  5. Se você deseja atingir uma audiência localizada, vale a pena investir em um ccTLD (country-code Top Level Domain) nativo. Em alguns países, é obrigatório ter um endereço físico local. Não tente forjar informações ou haverá um sério risco de ter seu domínio revogado.

Mas escolher o domínio não encerra essa fase do projeto. Com o seu servidor configurado para apontar para aquele endereço, não se esqueça de permitir o acesso quer o visitante digite ou não o WWW. Não é incomum ver sites profissionais que se esquecem deste detalhe trivial e acabam servindo uma mensagem de servidor não encontrado se o usuário não digita WWW. Você pode encontrar aqui mesmo uma dica de como fazer isso com .htaccess.

Outra boa ideia seria deixar preparado o subdomínio “m“. Nesta era de dispositivos móveis conquistando cada dia mais espaço, já se tornou quase um padrão que um site tenha uma versão móvel em m.meusitebacana.com, por exemplo. É uma alternativa relativamente óbvia para o usuário, mais popular e muito mais barata que o TLD .mobi, que ninguém está usando por enquanto.