Antes mesmo de você escrever uma linha de código, pintar um pixel no Photoshop ou traçar uma linha no Corel, seu site começou como uma ideia. E essa ideia precisa de um nome que corresponda.
Infelizmente, na maioria das vezes não dá para pegar o domínio que você queria tanto. A World Wide Web já está aí tem uns vinte anos e todos os nomes bons já foram pegos por empresas sérias ou aproveitadores. Será?
Sites de leilão de domínios como o Sedo podem ser uma boa alternativa se você está disposto a investir pesado para angariar um bom nome. No Brasil, nomes disputados pode ficar amarrados em problemas jurídicos ou congelados por anos a fio sem uma solução.
Mas se você não tem paciência, nem verba, é melhor pensar em alternativas. Prestando atenção a algumas dicas:
- A maioria absoluta dos usuários só conhece os TLDs .com, .net e .org e mesmo esses dois últimos não são tão populares quanto o primeiro. O ICANN pode liberar centenas de alternativas, milhares talvez, mas o público vai continuar preferindo os tradicionais. Qual foi a última vez em que você entrou em um site .info ou .hotel?
- Em contrapartida, se você deseja preservar a sua marca, é bom adquirir, pelo menos, os três mais famosos. É muito comum você registrar meusitebacana.com e tempos depois um oportunista registrar meusitebacana.net ou meusitebacana.org. Você constrói sua marca com trabalho pesado, divulgação e publicidade e o malandro fatura uns trocados com aqueles usuários que se confundirem na hora de digitar o endereço ou tentando se passar pelo site legítimo. Resolver um conflito desses pode ser mais complicado do que você gostaria e o valor do domínio alternativo ficará mais caro na mão do aproveitador.
- Evite utilizar hifens no seu domínio: eles confundem o usuário e também abrem brecha para oportunistas.
- Domínios confusos como del.icio.us podem ter feito sucesso no passado, mas certamente mais pela qualidade do serviço do que pela URL. Erros de digitação são inevitáveis nestes casos. E não se iluda: o próprio Delicious acabou comprando o domínio delicious.com e abandonando a grafia estranha. Agora, tente digitar tumbler.com para ver se você vai cair no site da rede social Tumblr (dica: não vai).
- Se você deseja atingir uma audiência localizada, vale a pena investir em um ccTLD (country-code Top Level Domain) nativo. Em alguns países, é obrigatório ter um endereço físico local. Não tente forjar informações ou haverá um sério risco de ter seu domínio revogado.
Mas escolher o domínio não encerra essa fase do projeto. Com o seu servidor configurado para apontar para aquele endereço, não se esqueça de permitir o acesso quer o visitante digite ou não o WWW. Não é incomum ver sites profissionais que se esquecem deste detalhe trivial e acabam servindo uma mensagem de servidor não encontrado se o usuário não digita WWW. Você pode encontrar aqui mesmo uma dica de como fazer isso com .htaccess.
Outra boa ideia seria deixar preparado o subdomínio “m“. Nesta era de dispositivos móveis conquistando cada dia mais espaço, já se tornou quase um padrão que um site tenha uma versão móvel em m.meusitebacana.com, por exemplo. É uma alternativa relativamente óbvia para o usuário, mais popular e muito mais barata que o TLD .mobi, que ninguém está usando por enquanto.