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Quatro dicas para evitar links maliciosos em redes sociais

Nosso guia de Como retirar vírus do Facebook é uma das postagens mais acessadas do site, o que significa que muita gente passa por esse problema ou conhece alguém que sofre com isto. Mas e se nós também fôssemos mais cuidadosos e evitássemos que os vírus entrassem para começar?

Para contaminar seu Facebook ou seu computador, na maioria dos casos é preciso que seja tomada tome uma decisão errada. Tirando os (raros) casos em que os invasores exploram uma vulnerabilidade não-documentada ou não-corrigida, o grande culpado por se infectar é você mesmo. Lembra daquele link bombástico que apareceu na sua rede social, você clicou e “não aconteceu nada” ou você foi mandado para um site em uma língua estranha? Pois é. Perdeu, amigo(a).

Trazemos agora quatro dicas matadoras para não cair mais no truque do link malicioso:

1) Confira o perfil

O perfil de quem posta o link pode revelar muito a real intenção por trás daquele endereço. Hackers costumam usar botnets, uma vasta rede de contas automáticas ou computadores comprometidos, para espalhar malware e publicar conteúdo falso. Ao clicar em um link gerado pela rede-fantasma, são grandes as chances de que seu perfil ou computador se junte ao exército que seguirá espalhando o mesmo link.

Por ser um processo automatizado, ele frequentemente explora temas populares, hashtags e assuntos polêmicos. Para identificar um perfil falso ou comprometido, fique atento aos sinais:

  • Nomes de usuário estranhos ou gerados por combinações aleatórias de letras e números
  • Sequências de postagens similares publicadas com links seguidas de sequências de postagens sem sentido ou fora de contexto. Para esconder sua natureza da fiscalização da rede social, o perfil pode tentar simular atividade normal. Entretanto, o objetivo é enganar controles que também são automatizados, então o velho bom senso humano consegue identificar uma conta falsa.
  • Avatares de gosto duvidoso, geralmente mulheres em poses picantes para ludibriar outros usuários.
  • Nome de usuário ou conteúdo publicado em uma língua diferente da sua.

2) Confira a postagem

O conteúdo na postagem em si já pode indicar o link malicioso. Atenção para os indicadores:

  • Se a postagem contem texto sensacional, algo bom demais para ser verdade ou ruim demais para ser verdade, que você não conseguiu ver na página principal de qualquer portal – provavelmente é uma armadilha, uma isca para o seu clique.
  • Se a postagem foi marcada com tags que não estão relacionadas, é possível que o hacker esteja atirando para todos os lados para ver se acerta alguém. Quanto mais quente o assunto, maior o alcance e maior o número potencial de vítimas.

3) Confira o link

Você não precisa clicar no link para saber que ele é encrenca: uma simples análise do endereço pode revelar o truque e colocar você em estado de alerta:

  • SEMPRE passe o mouse por cima do link antes do clique. Uma prévia do endereço completo irá aparecer, a menos que seja um link encurtado.
  • Cuidado com links extremamente longos ou que pareçam formados por caracteres aleatórios. Este tipo de link costuma camuflar destinos maliciosos.
  • Cuidado com links que contem todas as letras de sites verdadeiros, mas um ou dois caracteres estão errados.
  • Cuidado quando o texto cita uma fonte e o link leva para outro completamente diferente. Exemplo: “Código Fonte: Microsoft revela Windows 11” e o link leva para pegueiumtrouxa.com/virus.php
  • Encurtadores de links como o Bitly são usados com frequência para disfarçar links maliciosos. O que fazer, então? Existem serviços e plugins que podem revelar o endereço completo sem que você precise clicar (como longurl.org ou unshort.me).
  • Na dúvida, analise o link usando uma ferramenta online antivírus, como o virustotal.com.

4) Na dúvida mesmo, nem clique

Se você duvida da autenticidade do link, não se arrisque. Se a informação for legítima ou importante, ela chegará até você por outro caminho. Ou melhor ainda, use o Google ou outro mecanismo de busca qualquer para se informar diretamente sobre o tema, não ceda à tentação de descobrir “em primeira mão” uma novidade para não acabar com uma dor de cabeça bem maior.