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116 especialistas assinam carta à ONU pedindo a proibição de armas autônomas

Um total de 116 especialistas na área de robótica e Inteligência Artificial, incluindo Elon Musk, assinaram e entregaram uma carta à ONU solicitando o banimento imediato de armas autônomas.

No momento, países como Estados Unidos, China, Rússia, Israel e Coreia do Sul já tem a tecnologia para criar robôs de guerra, apesar dos riscos envolvidos, inclusive para a população civil, e dos desafios éticos.

O manifesto é um alerta da Future of Life Institute e uma continuação de uma outra carta publicada pelo grupo em 2015 solicitando que a Organização das Nações Unidas colocasse um freio na corrida armamentista que estava se iniciando. Embora 123 países membros da ONU tenham concordado em debater a questão na época, os debates encontram-se paralisados há dois anos e devem ser retomados somente agora.

Mas os signatários do documento tem pressa: “esse não é um cenário hipotético, mas uma questão muito real, muito importante que necessita de ação imediata”, explicou Ryan Gariepy, fundador da empresa Clearpath Robotics e um dos membros do Future of Life Institute. De acordo com a carta, “uma vez desenvolvidas, as armas autônomas permitirão que conflitos armados sejam travados em uma escala maior do que nunca e a uma velocidade muito mais rápida que os humanos podem compreender”.

Os cientistas também temem o desvio de função do armamento robótico: “essas podem ser armas do terror, armas que déspotas e terroristas utilizam contra populações inocentes, e armas hackeadas para se comportar de formas indesejáveis”. E concluem: “nós não temos muito tempo para agir. Uma vez que essa Caixa de Pandora seja aberta, será muito difícil fechá-la”.