Se você está esperando que o advento da Internet das Coisas terá um impacto positivo na economia da indústria da tecnologia no Brasil, temos uma má notícia para você: a consultoria Accenture discorda dessa expectativa.
Em um levantamento que analisa o potencial para aquecer a economia gerado pela Internet das Coisas (IoT, em inglês) em 20 países, o Brasil ficou em 17º lugar no ranking da Accenture.
Das nações analisadas, apenas Itália, Rússia e Índia apareceram em uma posição inferior à do Brasil em termos de capacidade de utilizar a Internet das Coisas para mobilizar um avanço econômico. Segundo a pesquisa, a tecnologia poderá gerar 40 bilhões de dólares à economia nacional até 2030, uma fração das cifras acima de 200 bilhões previstas para os países no topo da lista, como China e Estados Unidos.
Dados recentes do IDC apontam que atualmente a IoT movimenta somente 3 bilhões de dólares no país. A Accenture aponta a falta de investimentos no setor como uma das causas da defasagem em relação aos outros países da lista. Outras pesquisas destacam a falta de percepção da importância da tecnologia entre as empresas de TI como um dos agravantes da estagnação da Internet das Coisas no Brasil.
Para o principal diretor de pesquisas da Accenture, Armen Ovanessoff, “o Brasil precisa identificar indústrias que necessitem de apoio governamental, como o agronegócio. Ele também precisa realizar o básico direito – educação, infraestrutura, abertura econômica”. Ele também cita parcerias público-privadas como uma forma de trazer a tecnologia da IoT para o território nacional, atraindo investimentos estrangeiros.