No auge da bolha da internet, as ações da Microsoft atingiram um recorde de valorização em 1999 que nunca havia sido superado. Até a última sexta-feira.
A Bolsa de Valores abriu com mais uma alta de 5% na negociação dos papéis da empresa de tecnologia e fechou com o preço de US$60.45, o valor mais alto em 17 anos.
A valorização não é apenas resultado do anúncio do faturamento trimestral da Microsoft, mas principalmente fruto de uma curva orgânica de ascensão que vem acompanhando a empresa desde que Satya Nadella assumiu o cargo de CEO, em substituição de Steve Ballmer. Sob a tutela do indiano naturalizado norte-americano, a empresa reestruturou seu foco do Windows e Office para a nuvem e serviços, investindo pesado em soluções que aproveitam sua infraestrutura. O resultado vem conquistado a confiança de investidores.
A arrancada final reflete o relatório fiscal da Microsoft divulgado na quinta-feira, onde a empresa revelou que Azure, sua plataforma de nuvem, apresentou um crescimento de 116% em relação ao mesmo período no ano anterior enquanto o Office 365, a renovação da sua suíte de aplicativos para o mercado online, também se expandiu, com um aumento de 51% no faturamento oriundo de assinantes corporativos.
A opinião de especialistas é que esse pico não é ainda o ponto mais alto que as ações da Microsoft podem atingir. Com a consolidação da compra do LinkedIn até o final desse ano e sua integração com a plataforma de serviços da empresa pode ser gerada uma dinâmica que aumentaria ainda mais a valorização da empresa.