Uma moção apresentada pela Associated Press, Bloomberg e CNN ontem pediu que um vídeo de testemunho do criador da Apple, Steve Jobs, mostrado durante um julgamento na semana passada se tornasse pública. Mas, apesar das declarações potencialmente benéficas feitas por Jobs em defesa da gigante, os advogados da empresa estão lutando para manter o arquivo privado, chegando a afirmar que a imprensa quer apenas ver “um homem morto”.
“Nós não estamos pedindo nada além do que o júri ouviu”, argumentou Tom Burke, sócio do escritório de advocacia que está representando a CNN, Bloomberg e Associated Press. “Steve Jobs não é sua testemunho de julgamento típica, e é isso que torna esta uma circunstância única”.
Já o advogado da Apple, Jonathan Sherman, acusou Burke e as empresas de mídia de serem oportunistas, durante uma audiência no tribunal federal de Oakland.
“O valor de vê-lo novamente, em sua camiseta preta – desta vez, muito doente – é pequeno”, disse Sherman. “O que eles querem é um homem morto, e eles querem mostrá-lo para o resto do mundo, porque é um registro judicial”. Burke respondeu dizendo que não era um pedido frívolo, e falou que o testemunho tinha “um valor inestimável.”
Em última análise, a juíza do caso disse que ainda precisava de mais tempo para ver os argumentos e não iria aceitar novas declarações.
