Mais de sessenta anos depois de ser condenado judicialmente pela prática do homossexualismo, Alan Turing, considerado o pai da Ciência da Computação, recebeu o perdão póstumo através da Rainha Elizabeth da Inglaterra.
O perdão foi garantido após uma longa campanha pública para desfazer o tratamento preconceituoso sofrido pelo gênio da matemática. Em 1952, o homossexualismo era considerado crime pela lei inglesa e Turing foi submetido à pena de castração química após a condenação. A pena gerou uma série de transtornos psíquicos e biológicos, além de prejudicar sua carreira profissional e acadêmica. Turing viria a falecer dois anos depois, supostamente por suicídio por envenenamento, aos 41 anos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Turing foi uma peça fundamental para decifrar os códigos secretos utilizados pela Alemanha nazista em suas máquinas de encriptação Enigma. Após o confronto, o cientista ajudou a forjar as bases da Ciência da Computação e suas teorias sobre Inteligência Artificial são válidas até hoje. Seu nome batiza o famoso Teste de Turing, utilizado para testar Inteligências Artificiais em conversação, assim como o Turing Award, que, desde 1966, premia os maiores pensadores do campo da computação.