A Alphabet conseguiu a autorização que a Amazon não conseguiu e irá testar drones de entrega dentro do espaço aéreo dos Estados Unidos.
A autorização só foi possível graças a uma mudança de atitude da Federal Aviation Administration (FAA), órgão do governo norte-americano responsável pela fiscalização de aeronaves.
Anteriormente, a regulamentação da FAA era clara: estavam proibidos voos de drones sem pilotos e voos de drones onde o piloto não tinha uma linha de visão clara em relação ao próprio drone, duas regras que inviabilizavam o uso dos veículos aéreos para serviços de entrega, mesmo em fase de teste. Mas uma nova iniciativa da Casa Branca quer incentivar o crescimento da indústria local e está liberando testes das aeronaves em áreas aprovadas, para coleta e compartilhamento de dados com as autoridades.
Segundo o comunicado oficial do governo, “dados coletados serão compartilhados com parceiros do governo para ajudar os reguladores a responderem questões críticas sobre segurança e fator humano para operações de transporte de cargas por drones. (…) O trabalho, que irá focar no encorajamento de boa cidadania na operação e colaboração entre e ao longo da indústria e o governo, irá ajudar a assegurar uma integração segura dos veículos na camada de espaço aéreo abaixo dos 120 metros”.
A iniciativa é similar àquela adotada pelas autoridades que regulam aeronaves no Reino Unido e que levarou a Amazon a adotar o outro país como campo de testes para sua tecnologia no mês passado. Com o avanço dos testes e a boa vontade de governos, vai-se mudando a visão dos drones na economia e tudo indica que o sonho da gigante varejista de utilizá-los de forma cotidiana não apenas está se consolidando como também ganhando concorrência.
