Jonathan Strobel, de 28 anos, do estado norte-americano da Flórida, entrou com um processo na Justiça contra a Samsung após sofrer queimaduras causadas pela explosão da bateria de seu Galaxy Note 7.
Segundo o processo, o smartphone estava no bolso da sua calça, quando superaqueceu rapidamente e explodiu, ferindo Strobel na perna e na mão que usou para pegar o aparelho.
O processo foi aberto na sexta-feira, mas só veio à tona após uma reportagem da televisão local de Boca Raton, na Flórida. De acordo com seu advogado, “sua coxa direita tem uma profunda queimadura de segundo grau do tamanho do telefone”. A descrição dos bombeiros é de que como se o smartphone tivesse “derretido” em suas calças. Ao tentar pegar o celular com a mão esquerda, Strobel também teria sofrido queimaduras nela.
O incidente aconteceu no dia 9 de Setembro, uma semana depois da Samsung ter emitido o pedido de recall das unidades já comercializadas do Galaxy Note 7. O processo alega que a empresa sul-coreana falhou ao comunicar a decisão aos usuários e aponta que um e-mail de aviso sobre os problemas apresentados pelos aparelhos foi recebido por Strobel dez horas depois da explosão. Com menos de 13% de adesão dos consumidores nos Estados Unidos, claramente os riscos não foram divulgados adequadamente.
O pedido de indenização de Strobel afirma que ele “sofreu ferimentos corporais graves e permanentes, resultando em dor e sofrimento, permanente incapacidade, deficiência, angústia mental, inconveniência, perda da vontade de viver, despesas com cuidados médicos e tratamentos, custos de hospitalização, perda de salário e da habilidade de receber salário no momento e no futuro”. Uma porta-voz da Samsung confirmou que a empresa está ciente do processo aberto na Justiça, mas está impedida de comentar sobre casos em julgamento.
Antes do recall, a Samsung havia registrado 35 incidentes com a bateria do dispositivo em todo mundo. Após o recall, foram registrados mais 92 casos, somente nos Estados Unidos, incluindo 26 incidentes envolvendo ferimentos (como o da criança nova-iorquina com queimaduras leves) e 55 relatos de danos a propriedade (incluindo o carro que pegou fogo em virtude da explosão do smartphone). De acordo com a Samsung, de um milhão de aparelhos vendidos nos Estados Unidos, apenas 130 mil foram trocados após o alerta.
