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Apple apresenta primeira queda de faturamento em 13 anos

Pela primeira vez em 13 anos, aconteceu o impensável: o faturamento da Apple parou de crescer. O desempenho da empresa no segundo trimestre deste ano foi 13% inferior ao obtido no mesmo período do ano passado.

Tim Cook, CEO da Apple, apresentou os resultados financeiros da empresa no final da tarde desta terça-feira e eles não foram aquilo que os acionistas esperavam, apesar das previsões dos analistas.

A opinião geral é de que a a estagnação das vendas do iPhone, principalmente na China onde havia uma esperança de largo crescimento, levaram a esse resultado. A ausência de um novo produto bombástico capaz de surpreender e suprir a demanda do consumidor, como o iPhone foi no passado, seria outra das causas para a queda nos números da Apple. O iPad e, mais recentemente, o Apple Watch, apesar de vendas expressivas, não atingiram o patamar de unanimidade que o smartphone da empresa conquistou.

Apesar do marco histórico negativo, a Apple ainda ocupa uma posição privilegiada na hierarquia das empresas de tecnologias com um faturamento de US$50.6 bilhões no segundo trimestre do ano fiscal, com US$10.5 bilhões de lucro. São valores assombrosos, que só ganham conotação ruim quando comparados com os US$58 bilhões de faturamento e U$13.6 bilhões de lucro do segundo trimestre de 2015.

Durante sua apresentação, Tim Cook comentou que as vendas do iPhone cresceram 50% na Índia, durante esse período, consolidando a presença do smartphone no segundo maior mercado em volume do continente asiático.

Ele também destacou que nos últimos anos a Apple adquiriu outras 15 companhias, para impulsionar o seu crescimento em áreas onde ainda não atua. E, recentemente, tornou-se forte a atuação da Apple na pesquisa de setores como Realidade Virtual e automobilismo, em projetos ainda não-revelados de onde podem sair os próximos sucessos da empresa.

Outra investida da Apple que demonstrou bons resultados está na área de serviços, como streaming, aplicativos e pagamento digital, que tiveram um significativo crescimento nos números apresentados nessa terça-feira. Uma guinada nessa direção poderia libertar a empresa da dependência do mercado de hardware e essa é uma estratégia que Tim Cook vem apontando como um caminho em diversas reuniões.

Apesar da perspectiva de um futuro promissor, o solavanco no faturamento da Apple e a quebra de uma sequência de 13 anos de crescimento preocuparam os investidores. As ações da Apple sofreram uma desvalorização de mais de 8% na Nasdaq, após o fechamento dos mercados.