A canadense Peggy Bush, de 72 anos, esbarrou na semana passada em um entrave ao tentar conseguir a Apple ID do iPad do seu falecido marido: a própria Apple.
Mesmo oferecendo uma Certidão de Óbito do marido, a viúva não conseguiu o apoio da empresa e foi notificada por um representante de que deveria “conseguir uma ordem judicial” para acessar a senha.
Em entrevista a CBC, um canal de TV do Canadá, Peggy desabafou sua frustração: “eu e minha filha dissemos a eles que isso era ridículo, porque nós já tínhamos sido capazes de transferir a escritura da casa, nós conseguimos transferir o carro, todas essas coisas só usando uma Certidão de Óbito autenticada e o testamento”.
Entretanto, segundo os termos do contrato de licença com que todo usuário de produtos da Apple concorda, é impossível “transferir ou sublicenciar sua licença”, o que vem sendo considerado em algumas cortes como a anulação do direito de herança. Logo, em virtude dos termos de uso, a Apple ID do falecido marido de Peggy Bush não poderia ser transferida.
Segundo a CBC, a Apple se recusou a comentar sobre o caso, mas teria entrado em contato com a família Bush para resolver a situação.
Casos como esse devem se tornar mais e mais frequentes na medida em que evolui a integração entre a sociedade e uma série de serviços de empresas de tecnologia. Saiba como prevenir incidentes e como passar suas senhas e dados para entes queridos em caso de falecimento com nosso artigo especial.