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Apple responde sobre desistência do FBI no caso do iPhone bloqueado

O que começou com uma carta de Tim Cook, CEO da Apple, não poderia terminar sem uma resposta apropriada da empresa.

Depois que o FBI anunciou que está encerrando em definitivo o processo contra a Apple, hoje a fabricante do aparelho emitiu uma nota oficial sobre sua posição em relação a essa vitória.

Segue a íntegra do comunicado:

Desde o início, nós nos opomos às demandas do FBI para que a Apple construísse uma ‘porta dos fundos’ no iPhone porque nós acreditamos que era errado e estabeleceria um perigoso precedente. Como resultado do descarte do governo, nada disso ocorreu. Esse caso nunca deveria ter existido.

Nós iremos continuar a ajudar as forças de manutenção da lei com suas investigações, assim como já fizemos muitas vezes, e iremos continuar a ampliar a segurança de nossos produtos na medida em que as ameaças e ataques aos nossos dados se tornam mais frequentes e mais sofisticados.

A Apple acredita profundamente que as pessoas nos Estados Unidos e ao redor do mundo merecem proteção de dados, segurança e privacidade. Sacrificar um destes em favor de outro apenas coloca as pessoas e os países em um risco maior.

Esse caso levantou questões que merecem uma conversação nacional sobre nossas liberdades civis, e nossa segurança coletiva e privacidade. A Apple permanece compromissada em participar dessa discussão.

No final da tarde de ontem, o FBI notificou a Corte que “o governo acessou com sucesso agora os dados armazenados no iPhone de Farook e, doravante, não requisita mais a assistência da Apple”. Não havia qualquer menção ao método utilizado para quebrar a segurança do smartphone utilizado por um dos terroristas envolvidos no tiroteio de San Bernardino, em Dezembro passado.

Apesar da vitória sem luta da Apple, o Departamento de Justiça emitiu um comunicado oficial em que sustenta que pode precisar da colaboração de quem for, seja voluntária ou através dos tribunais, para garantir a segurança nacional: “permanece uma prioridade para o governo assegurar que as forças da lei possam obter informações digitais cruciais para proteger a segurança nacional e o bem-estar público, seja com a cooperação de partes relevantes ou através do sistema judiciário”.