A maior potência nuclear do planeta, com um vasto arsenal ainda pronto para ser lançado, até hoje utiliza disquetes em sua infraestrutura.
E não são disquetes de 3,5 polegadas ou aqueles de 5 e 1/4 que talvez você ainda tenha conhecido, mas os ancestrais disquetes de 8 polegadas que mais parecem um LP em sistemas que não são atualizados desde os anos 70.
A revelação foi feita por um relatório do Government Accountability Office (GAO), órgão da administração pública americana que fiscaliza os gastos do governo. Segundo o levantamento, determinados centros de comando e operação do arsenal nuclear do país estão operando com esse tipo de disquete e usando computadores IBM / Series 1, que eram a ponta de lança da tecnologia… em 1976. A situação é ainda pior no Departamento do Tesouro, onde existem sistemas que foram implementados há pelo menos 50 anos atrás, sem sofrerem evoluções.
Em todos esses casos, predomina a política do “se está funcionando, não mexe”. Mas, de acordo com o GAO, o governo americano gasta mais de 60 bilhões de dólares ao ano para manter funcionando esses sistemas legados obsoletos enquanto menos de 20 bilhões são gastos em sistemas mais modernos e eficientes.
O Pentágono se comprometeu a abandonar os disquetes até o final de 2017 e pretende ter toda sua infraestrutura modernizada até 2020. Outros órgãos da administração pública não foram tão precisos a respeito de seus projetos de sair do século XX.
