A gigante norte-americana das telecomunicações AT&T anunciou a compra do grupo Time-Warner nesse sábado pelo equivalente a 85 bilhões de dólares em dinheiro vivo e ações na Bolsa.
Com a manobra, a empresa expande suas operações para englobar também mídia e entretenimento e arremata de uma vez só marcas e serviços importantes como HBO, CNN, Warner Bros, DC Comics e outros.
Randall Stephenson, CEO da AT&T confirmou a aquisição em uma coletiva de imprensa e se mostrou bastante entusiasmado: “nós podemos entregar uma experiência muito diferente para nossos consumidores”, declarou. Por sua vez, Jeff Bewkes, CEO da Time-Warner afirmou que a tutela da AT&T “irá dar uma super-carga para nossas habilidades criativas”. Antes de ser consolidada, porém, a compra precisa ser aprovada por entidades regulamentadoras do setor e atravessar os tradicionais entraves burocráticas, mas deve ser finalizada até o final de 2017, se nada der errado.
Na opinião de analistas, a aquisição é um movimento natural de aliança entre empresas de mídia e comunicação e mais um passo arrojado da AT&T, que comprou a DirecTV por 49 bilhões de dólares no ano passado e se tornou líder absoluta no setor de TV paga nos Estados Unidos. Em um movimento similar, sua principal rival, a Verizon, também está expandindo seus horizontes, mas na direção da internet, com a compra da AOL (que já foi dona da Time-Warner em seu auge) e recentemente com a compra do Yahoo.
Mas tais uniões entre gigantes não são vistas com bons olhos por todos, que temem formação de monopólios e aumento de preços de serviços e produtos. Matthew Polka, CEO da American Cable Association, entidade formada por consumidores de TV a cabo, declaro no mesmo sábado que “combinar conteúdo valioso com distribuição de TV paga causa prejuízos para consumidores e para a competição no mercado de TV paga”.
