Na medida em que se agravam as tensões sobre as investidas do governo russo no terreno da espionagem eletrônica, algumas autoridades norte-americanas estariam preocupadas sobre a presença de produtos da
no país.Segundo uma reportagem da TV ABC, um memorando enviado por uma comissão do Senado pede uma investigação por parte dos serviços de Inteligência sobre o risco oferecido pela empresa russa.
De acordo com o memorando, vários executivos da
tem ou tiveram ligações com os serviços de segurança do governo da Rússia. Teme-se que seus produtos possam ser utilizados de alguma forma como um Cavalo de Troia para monitorar emails, penetrar em sistemas ou até mesmo atingir infraestruturas vitais dos Estados Unidos. Esta não é a primeira vez que tais dúvidas são levantadas e a empresa de origem russa já repetiu diversas vezes que não oferece ameaça a consumidores norte-americanos e jamais seria utilizada como ferramenta do Estado.Fontes consultadas pela ABC garantem que tanto o FBI quanto o Departamento de Segurança nacional já estão cientes da situação e tratando do assunto por trás de portas fechadas. Eric Rosenbach, veterano de segurança digital e ex-chefe de staff do Departamento de Defesa até Janeiro deste ano, afirmou que a aceitação e o uso de produtos da empresa russa em sistemas norte-americanos “deixa muitas pessoas da comunidade de segurança nacional desconfortáveis”.
O fundador e CEO da Kaspersky Lab, Eugene Kaspersky, foi consultado pela reportagem da ABC e declarou que “rumores sobre nossa parceria com agências do governo [russo] são falsos” e reiterou um comunicado que a própria empresa já havia publicado anteriormente, onde proclama que “não desenvolve nenhuma técnica ofensiva e nunca ajudou e nunca ajudará qualquer governo do mundo com seus esforços ofensivos no ciberespaço”.