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Black Friday brasileira assusta

Susto no e-commerce: o ataque da Black Friday
O “inchaço” artificial dos preços dias antes da Black Friday brasileira não são o único problema da versão nacional do evento norte-americano. Consumidores estão também reclamando de produtos esgotados e lentidão nos acessos a diversas lojas virtuais.

Segundo Pedro Eugênio, CEO do Busca Descontos, a situação “é lamentável”. E alerta: “Não existem descontos absurdos em preços, principalmente em
eletrônicos, até porque não existe essa margem. Hoje, o ganho que o
e-commerce tem em um notebook é de pouco mais de 1%, por exemplo”. Como é possível conferir usando ferramentas online, muitos lojistas disparam o preço na véspera da liquidação para simular um grande desconto durante a Black Friday.

Nas primeiras horas do evento, o próprio site oficial do Black Friday (www.blackfriday.com.br) saiu do ar devido a grande quantidade de acessos. De acordo com os responsáveis, o sistema recebeu sete vezes mais visitas do que em 2011, somando 75 mil acessos simultâneos. Durante a madrugada e na parte da manhã, muitos sites de lojas participantes apresentaram o mesmo problema ou falhas na exibição de preços.

Nas redes sociais, internautas trocam dicas de ofertas e histórias de horror. Produtos em promoção já se esgotaram, preços que sobem quando o produto é colocado no carrinho de compra, descontos falsos e compras que não finalizam no sistema estão entre os relatos dos usuários.

O PROCON recomenda cautela aos consumidores e avisa: “Nas compras pela internet, o consumidor tem o prazo de sete dias,
contados a partir do recebimento da mercadoria, para expressar o desejo
de cancelar a compra. E não precisa pagar por isso. Se o produto for entregue com
defeito, a loja virtual tem 30 dias para solucionar o problema. Caso
contrário, o consumidor pode escolher entre receber uma mercadoria nova
ou o dinheiro de volta.”