A desenvolvedora de jogos Blizzard surpreendeu os jogadores ontem ao revelar que a heroína de Overwatch Tracer vive uma relação homoafetiva com outra mulher.
Nas páginas do quadrinho oficial “Reflexos” (disponível gratuitamente em Português), Tracer aparece celebrando o Natal ao lado da namorada, inclusive com uma cena de beijo.
A história assinada por Michael Chu, roteirista principal do universo de Overwatch, confirma o que o próprio autor já havia indicado em uma sessão de perguntas e respostas durante a última BlizzCon. Indagado sobre a questão da diversidade e da opção sexual dos personagens que compõem o jogo, Chu havia dito que “é importante para nós que haja diversidade e inclusão de todos os tipos e isso inclui personagens LGBT”. E Chu havia prometido: eu posso dizer que nós temos uma história chegando em breve que irá cuidar disso”.
A revelação do relacionamento de Tracer com uma mulher levou a Blizzard a não disponibilizar o quadrinho na versão russa do site oficial. A legislação russa proíbe terminantemente a divulgação do que considera “propaganda gay”. No lugar do quadrinho, aparece somente a capa da edição e um aviso em russo com a explicação da desenvolvedora.
Com um elenco de 23 personagens disponíveis, de diferentes etnias, diferentes nacionalidades e diferentes visões do mundo, era de se esperar que a Blizzard não se isentasse da temática LGBT. A escolha de Tracer, entretanto, pegou muita gente de surpresa. A heroína com poderes temporais vendo sendo desde o anúncio do jogo um dos personagens de maior destaque de Overwatch, funcionando quase como uma cara do jogo.
Porém, Tracer não deve ser a única: o próprio escritor Michael Wu também havia declarado que “definitivamente existem heróis LGBT – múltiplos heróis” dentro do universo futurista de Overwatch.