A polêmica do Ashley Madison parece não ter fim e uma ex-funcionária alega ter sido contratada para cadastrar 1000 perfis falsos em uma semana no serviço.
A brasileira Doriana Silva trabalhou no escritório de Toronto do serviço de relacionamentos extraconjugais, inicialmente com a proposta de cuidar da versão nacional do site.
Mas Silva alega que foi enganada e recebeu a tarefa de cadastrar uma quantidade alarmante de perfis de falsas candidatas no banco de dados do Ashley Madison. De acordo com o processo que correu na Justiça canadense em 2012, “seu trabalho envolvia criar perfis fraudulentos de mulheres sedutoras (…) com o objetivo de atrair assinantes masculinos”.
A brasileira processou o Ashley Madison por ter provocado nela uma Lesão do Esforço Repetitivo (LER), devido ao volume de cadastros falsos exigidos em um intervalo de tempo insuficiente. Ainda segundo o processo, esses cadastros “não pertencem a nenhum membro genuíno do Ashley Madison – ou mesmo qualquer ser humano existente”.
A ex-funcionária afirmou que foi instruída que estas seriam práticas comercias normais na indústria dos sites de relacionamentos, mas que achou a prática antiética. Doriana Silva processou a empresa por 20 milhões de dólares. A Ashley Madison processou a brasileira de volta, contestando as alegações, embora confirmando o período trabalhado.
No calor da batalha judicial, o site chegou a divulgar fotos de Doriana Silva de férias, praticando esportes, para contestar as acusações de LER. Entretanto, ambas as partes suspenderam seus processos no início deste ano, após um acordo extra-judicial cujos detalhes não foram revelados.