A fabricante de chips Broadcom confirmou uma oferta no valor de US$130 bilhões pela rival Qualcomm nessa segunda-feira, a maior já registrada na História entre empresas de tecnologia.
Se a oferta for aceita, a fusão das duas gigantes geraria o o terceiro maior fabricante de chips do planeta, atrás somente da Samsung e da Intel, líderes mundiais no setor.
A oferta realizada pela Broadcom foi um tiro no escuro: não havia qualquer indício no mercado que a Qualcomm estivesse procurando compradores, apesar da companhia não estar em seu melhor momento econômico. Com dívidas no valor de 25 bilhões e papéis com crescimento lento na Bolsa de Valores, essa oferta poderia representar uma tentação muito forte para a Qualcomm recusar. A Broadcom está oferecendo uma valorização de 28% acima do que ações da rival estão sendo negociadas no momento.
Mas a Broadcom age impulsionada por resultados espetaculares recentes e pela possibilidade de se consolidar como um dos três nomes mais fortes no mundo quando se trata de chips. Seu presidente e CEO, Hock Tan demonstra plena confiança na oferta: “eu não faria essa oferta se nós não tivéssemos convicção de que nossos consumidores globais em comum iriam abraçar essa combinação proposta”. Ele acredita que a assimilação da Qualcomm seria positiva para todos os acionistas.
O momento não poderia ser mais propício: as ações da Broadcom tiveram uma valorização de 60% nos últimos doze meses. Enquanto isso, a Qualcomm permaneceu estagnada na Bolsa de Valores e ainda enfrenta uma longa e complexa batalha jurídica contra a Apple, relacionada a práticas anti-competitivas.