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Cade vai abrir investigação contra o Google no Brasil

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Microsoft e grupo responsável pelo Buscapé acusam o Google de favorecer seus próprios serviços e prejudicar a concorrência

As autoridades de defesa da concorrência no Brasil abriram uma investigação contra o Google, por suspeita de práticas anticompetitivas no mercado de buscas do país. As investigações começaram após acusações feitas pela Microsoft e pela E-Commerce Media Group, responsável pelos sites Buscapé e Bondfaro.

A investigação foi aberta através de três processos administrativos, por conta de queixas de que o Google privilegia seus próprios serviços, como o Google Shopping, nas páginas de buscas. A análise do Cade também vai avaliar se a empresa está utilizando mecanismos que confundam o usuário na identificação dos resultados das pesquisas.

De acordo com as denúncias, o Google permite, por exemplo, a veiculação de anúncios com foto pelo Google Shopping, mas não permite essa ação por sites concorrentes de comparação de preços. Além disso, o Google teria se recusado a vender espaço para anúncios com foto ao Buscapé, e depois, exigiu dados comercialmente sensíveis para permitir esses anúncios.

A empresa também está sendo acusada de estar se apropriando indevidamente de conteúdos, como por exemplo comentários de usuários sobre a qualidade de produtos, e utilizando essas informações no Google Shopping.

“De acordo com a denúncia, uma vez que as opiniões dos usuários sobre produtos e serviços agregam informações relevantes e são um atrativo para ferramentas de buscas temáticas para compras, com essa prática o Google estaria subtraindo vantagens competitivas detidas por esses rivais e delas se beneficiando”, afirmou o Cade em comunicado à imprensa.

Por sua vez, a Microsoft alega que o Google impõe restrições anticompetitivas no contrato de prestação de serviços do AdWords.

De acordo com a companhia, o Google impõe restrições que dificultam o gerenciamento de campanhas publicitárias que ocorram simultaneamente no Google e em buscadores concorrentes, como o Bing. Essa prática teria o intuito de desestimular anunciantes a veicularem suas campanhas nos serviços concorrentes do Google.