Se você receber um vídeo estranho de um conhecido pelo Facebook Messenger, não abra: é fruto de uma campanha de disseminação de malware que está utilizando a plataforma.
A forma de propagação da epidemia é através de contatos já infectados, que disparam mensagens contendo falsos vídeos ou memes para todos os seus conhecidos e se aproveitam da confiança dos usuários.
A campanha engendrada pelos cibercriminosos é astuta o bastante para redirecionar as vítimas para diferentes páginas falsas na internet, de acordo com seu sistema operacional, seu navegador padrão e até mesmo sua localização. Os endereços emulam destinos conhecidos dos internautas, como o YouTube, e são detalhistas o bastante para ludibriar à primeira vista. Mas a armadilha explora vulnerabilidades do navegador ou induz o usuário a instalar “plugins” para visualização do conteúdo ou falsas atualizações.
Segundo David Jacoby, especialista de segurança da Kaspersky Lab que teve a oportunidade de analisar a ameaça, o ataque é sofisticado e obfuscado para dificultar sua detecção e revela o trabalho de profissionais. O objetivo final de seus criadores é o rastreio dos hábitos de navegação de suas vítimas e a exibição de anúncios customizados que irão render lucro. “As pessoas por trás disso estão provavelmente fazendo muito dinheiro em anúncios e conseguindo acesso a um bocado de contas de Facebook”, alerta Jacoby.
Um porta-voz do Facebook afirmou que a empresa “mantém um número de sistemas automatizados para ajudar a interromper o surgimento de links e arquivos prejudiciais no Facebook”. Como sempre nesses casos, a melhor solução é manter a desconfiança para conteúdo suspeito, mesmo vindo de contatos conhecidos, e manter programas e soluções de segurança sempre atualizados.
