O maior obstáculo para o futuro dos carros inteligentes pode não ser a legislação dos países mas o impressionante consumo de dados necessários.
De acordo com o CEO da Intel, um carro autônomo pode precisar de cerca de 4TB de dados para uma única hora de funcionamento.
“Dados serão o novo petróleo”, ressaltou Brian Krzanich durante a conferência sobre mobilidade urbana Automobility. Para fins de comparação, o executivo citou o consumo médio de um ser humano hoje: 650 MB de dados de informação, isso em um dia inteiro de consumo. Um veículo inteligente precisaria de 40TB ou o equivalente às necessidades de mais de 60 mil pessoas para um período de dez horas de condução contínua.
Ainda que o consumo de dados por pessoa deva mais do que duplicar até 2020, ano em que se calcula que os carros autônomos estarão rodando nas estradas com frequência, o CEO da Intel afirma que ainda assim as necessidades de um único veículo serão superiores àquelas de 3000 pessoas.
O cerne da questão é que um veículo inteligente precisa em tempo real de coletar informações de uma grande quantidade de sensores: apenas câmeras fixas irão fornecer de 20 a 40 Mbps de dados, enquanto um radar poderá gerar entre 10 e 100 Kbps. Além disso, a Inteligência Artificial precisará acessar informações topográficas muito mais atualizadas do que aquelas fornecidas por um Google Maps: o carro terá que saber instantaneamente as condições de uma estrada a um nível quase milimétrico e o volume de tráfego para operar com segurança, por exemplo.