Reed Hastings é o CEO da Netflix e atualmente é um dos pilares do entretenimento moderno. Mas ele sabe que esse reinado não durará para sempre e está se preparando o futuro: drogas recreativas.
Hastings deu sua polêmica declaração durante um evento organizado pelo The Wall Street Journal nessa segunda-feira, argumentando que soluções “farmacológicas” se tornarão um substituto da TV.
O modelo de streaming de conteúdo em vídeo da Netflix, onde o usuário pode assistir o que quiser, na hora que quiser, no ritmo que quiser, sem dúvidas veio para sacudir o mercado de consumo de entretenimento. Se antes, por exemplo, predominavam somente séries com episódios distribuídos a conta-gotas semanalmente, o conteúdo produzido diretamente pelo Netflix pode ser assistido de uma única vez, se o espectador tiver tempo e vontade.
Mas formas de entretenimento que já foram as mais importantes de suas épocas hoje em dia estão praticamente extintas. Durante o evento, Hastings citou a ópera e as novelas publicadas em capítulos em revistas antigas. Porém, não é preciso ir tão longe no passado para lembrar de modelos de consumo que tomaram de assalto o mercado, para pouco depois se tornarem obsoletas. Basta ver a franquia de locadoras de vídeo Blockbuster, atropelada pelo conteúdo online.
De acordo com Hastings, a Netflix está empenhada em não se tornar uma tendência passageira e está obcecada em compreender os anseios do consumidor e seus hábitos. Quando indagado diretamente sobre sua opinião a respeito do futuro do entretenimento, o executivo, entretanto, surpreendeu a audiência ao mencionar drogas recreativas, algum tipo de pílula presumivelmente sem efeitos colaterais, como a dependência química, que seja capaz de entreter o consumidor por um certo período de tempo.
Não se sabe ainda se esse é mesmo um dos caminhos que a Netflix está pesquisando no momento para permanecer relevante ou que tipo de entretenimento um produto “farmacológico” pode realmente oferecer a seus usuários.