Ontem a hashtag #Charlie Charlie estava no topo dos trending topics do Twitter e por parte no Facebook. Hoje, já desapareceu mais rápido que a cor do vestido. Mas qual é a explicação do fenômeno?
Se você nem chegou a pegar a febre, basta saber que o Desafio do Charlie Charlie envolve dois lápis, um apoiado cima do outro, e uma folha de papel onde está escrito “Sim” e “Não” ou outras palavras. Supostamente, um “espírito” move o lápis de cima na direção da resposta da pergunta que o usuário faz. Como todo evento dito sobrenatural, há sempre gente dizendo que ouviu vozes e viu outros objetos se movendo na experiência.
A explicação na Internet é que uma entidade mexicana chamada Charlie, que todos sabem ser um típico nome mexicano (só que não), estaria por trás do movimento do lápis. A brincadeira que parece ter pegado fogo entre os jovens já existe há alguns anos, mas se tornou viral somente esta semana na Web.
Mas se não existe nenhuma força oculta (e mexicana) por trás do movimento, o que acontece? A Física explica que os lápis não estão em equilíbrio perfeito. Devido ao baixo atrito entre os dois lápis e às forças nada ocultas da gravidade, o lápis de cima sempre irá se mover, a menos que você tenha acertado o ponto preciso de equilíbrio.
A menor inclinação na superfície, o tremor de um passo, a brisa de uma respiração já são capazes de romper o estado de equilíbrio provisório e obrigar o movimento. A ciência explica que o lápis inevitavelmente se moverá, mesmo sem folha de respostas embaixo, mesmo sem invocação e, principalmente, mesmo sem “espírito mexicano” algum.