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Chefe da Samsung pode pegar 12 anos de prisão por corrupção

O líder da Samsung, Lee Jae-yong, pode pegar até 12 anos de prisão na Coreia do Sul de acordo com a sentença pedida pelos promotores que investigam o caso de corrupção ativa.

De acordo com a agência de notícias Reuters, Lee negou as acusações e, contendo as lágrimas, afirmou perante a corte: “eu nunca pedi nada a ninguém, incluindo à presidente, seja para meu ganho pessoal ou para a empresa”.

O executivo é acusado de suborno, apropriação indevida e perjúrio em um esquema de corrupção que também afeta funcionários do governo e foi o pivô do processo de impeachment da presidente do país, Park Geun-hye. Lee supostamente estaria envolvido em pagamento de subornos, feitos pela Samsung a Choi Soon-shil, um assessor e amigo da Presidente Park Geun-hye. O objetivo da transação seria obter vantagens na liberação de uma fusão no país. As autoridades acreditam que foram pagos o equivalente a mais de US$40 milhões de um caixa dois da Samsung.

Lee se encontrava detido desde Fevereiro deste ano e poderá encarar a maior sentença já proferida contra um alto executivo no país, se o tribunal considerá-lo culpado das acusações. O veredicto deverá ser obtido no dia 25 de Agosto, pouco antes de se encerrar o limite legal de sua detenção.

Muito abalado durante o julgamento, ele também pediu desculpas a todos: “eu lamento profundamente que eu tenha dado tanto desapontamento e me desculpo”. Lee Jae-yong está no comando efetivo da gigante sul-coreana desde 2014, quando um ataque cardíaco provocou o afastamento por motivos de saúde de seu pai, Lee Kun-hee, do cargo de presidente da empresa.

A Samsung não teceu comentários sobre a sentença pedida pela promotoria nessa segunda-feira. A empresa também viu outros executivos de sua cúpula arrastados para a mesma investigação, inclusive Choi Gee-sung, antigo diretor de estratégia corporativa, que pode pegar dez anos de prisão por seus crimes.