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China bane Pokémon Go do país

Todo e qualquer produto de mídia necessita de aprovação prévia do governo chinês para ser distribuído no país e agora, após uma longa deliberação, é oficial: Pokémon Go está banido do território chinês.

A proibição não irá se restringir ao jogo dos simpáticos monstrinhos, mas vale para todo e qualquer tipo de jogo que utilize a Realidade Aumentada por uma questão de “segurança nacional”.

A determinação foi confirmada pela Administração Geral de Imprensa e Publicações, Rádio, Cinema e Televisão que emitiu um comunicado oficial explicando a decisão:”julgando a partir de padrões de consumo do exterior e um número de casos, existem riscos sociais grandes ligados à operação deste jogo. Isso inclui brechas de segurança relacionadas à informação geográfica, segurança de tráfego e ameaças ao bem estar do consumidor”.

Analistas apontam que o maior empecilho para o governo, na verdade, é o uso de dados de localização, o que não é permitido pela lei. A possibilidade de que uma empresa estrangeira possa saber a posição exata de um cidadão chinês é impensável para a legislação e é o principal motivo para que aplicativos de mapas, como o Google Maps, também sejam proibidos no país. Tecnicamente falando, a própria ausência desse tipo de serviço operando na China já dificultaria a entrada do jogo da Niantic Labs na região.

Entretanto, Li Wei, um ativista da liberdade de expressão e dos direitos humanos que vive em Beijing, acredita que a preocupação do governo seja outra: a concentração de indivíduos em lugares públicos e a possibilidade de que ocorram o que ele chama de “incidentes de massa”. Wei aponta que o jogo já é praticado na China, com ou sem a aprovação das autoridades: “muitos garotos jogam em casa, mas saem quando o tempo está bom para jogar jogos móveis”.

“Em virtude destas considerações de segurança nacional, assim como da responsabilidade pela segurança das pessoas e das propriedades… a administração não irá aprovar esse tipo de jogo no momento”, conclui o comunicado da Administração Geral de Imprensa e Publicações, Rádio, Cinema e Televisão. A posição do governo é uma resposta também ao crescimento do número de desenvolvedores locais que iniciaram a criação de outros títulos de Realidade Aumentada, focados no mercado da região.