Nem Facebook, nem YouTube: a maior fonte de distração e interrupções no escritório aparentemente são os barulhos feitos pelos colegas.
Um estudo realizado por Alan Hedge, um especialista em design de ambientes de trabalho da universidade de Cornell, em Nova York, aponta que 74% dos profissionais reclamam do barulho feito por outros funcionários.
Na pesquisa, a maioria dos entrevistados também lamentou a existência dos escritórios abertos, sem paredes e sente falta dos cubículos isolados. O levantamento corrobora um outro relatório recente da Universidade da Califórnia que indicava que trabalhadores se sentem mais felizes em escritórios fechados e tiram menos dias de licença-médica nessas condições. Entretanto, Hedge não recomenda a volta dos cubículos: as divisórias não limitam o vazamento de barulhos e, na verdade, deixariam os “barulhentos”, menos conscientes de que estão incomodando os vizinhos.
A sugestão do pesquisador é adicionar carpetes, tapetes, sofás e poltronas para dificultar a propagação do som dentro de ambientes mais abertos. O bom e velho bom-senso também é uma recomendação, uma vez que entre as reclamações mais comuns dos entrevistados são relacionadas a colegas de trabalho que falam muito alto e tem problemas de tosse crônica e até “flatulência excessiva”.
Ao contrário de sons produzidos por maquinário e equipamentos, sons produzidos por seres humanos tendem a causar bastante distração. De acordo com o especialista, faz parte da condição humana prestar maior atenção em ruídos gerados por outros seres humanos e essa é uma característica impossível de bloquear. Essas distrações acabariam gerando uma perda de produtividade e um ambiente estressante.