O Correios irá descontinuar o serviço de entrega e-Sedex a partir do dia primeiro de Janeiro de 2017, avisou a empresa a seus parceiros comerciais.
O serviço beneficiava lojas de comércio eletrônico de pequeno e médio porte que conseguiam oferecer a agilidade de um Sedex convencional com um custo baixo e a medida deve impactar o setor.
Em entrevista, o presidente dos Correios, Guilherme Campos Júnior, foi irônico ao explicar a decisão: “O e-Sedex tem preço de PAC (serviço convencional) e qualidade de Sedex. Isso é ter a liberdade de ser solteiro com o conforto de casado”. Mas a medida deve prejudicar também os franqueados do Correios, uma vez que a Associação Brasileira de Franquias Postais (Abrapost) alertou que o serviço é responsável por 30% do faturamento das agências.
Para Chamoun Hanna Joukeh, presidente da Abrapost, a situação não é nada engraçada: “O que está deixando a gente assustado é que recebemos centenas de ligações de associados querendo saber o porquê de os Correios terem decidido acabar com o e-Sedex. Não sei responder. A gente está muito preocupado hoje com a possibilidade de o cliente ir para a concorrência”. A solução para a crise atual nos Correios, segundo Joukeh seria o reajuste das tarifas, não a total extinção da modalidade de entrega. A Abrapost prometeu entrar na Justiça contra a decisão.
Os contratos vigentes de e-Sedex tem validade somente até o dia 31 de Dezembro de 2016, não serão renovados e mesmo encomendadas cadastradas com antecedência através do sistema PLP (Pré-Lista de Postagem) não serão mais atendidas através desta modalidade. A medida pode significar um aumento de custos para lojistas e consumidores, assim como prejuízo para os franqueados do Correios.
