O empresário Luciano Cadari, criador do software de compartilhamento de arquivos K-Lite, pede coerência em processo movido pela Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos (APDIF) contra a Cadari Tecnologia da Informação LTDA. O processo corre no Tribunal de Justiça do Paraná, com recurso no STJ.
A empresa alega que o software foi criado com o intuito de oferecer um espaço para troca de arquivos, e não como forma de piratear músicas, afirmando que no K-Lite não eram disponibilizados links com músicas, nem sugestões de cantores a serem baixados.
– O software foi desenvolvido exclusivamente para o compartilhamento de informações e não com o intuito de piratear músicas. Em nenhum momento eu sugeri ou facilitei a pirataria afirma Cadari.
O empresário acha que a companhia não pode ser responsabilizada pelo conteúdo compartilhado pelos usuários, no software. Para ele, isso é a mesma coisa que culpar fabricantes de pendrives por utilizarem estes dispositivos para piratear música baixada ilegalmente da internet.
Em 2007, o K-Lite atingiu cerca de 30 milhões de acessos mensais. Em 2011, uma decisão da justiça determinou que o software deveria utilizar um filtro para a troca de músicas protegidas por direitos autorais, e estipulava multa de R$ 100 mil, no caso de descumprimento.