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Criador do primeiro anúncio de popup pede desculpas

Quem nunca teve que fechar várias janelas que se abrem quando se tenta visitar uma única página na web, é feliz e não sabe. Os infames popups bombardearam a Internet nos anos 90 e se tornaram sinônimo de anúncios de baixa qualidade e irritação por parte dos usuários. Hoje, seu criador pede desculpas.

Ethan Zuckerman trabalhava no Tripod na metade dos anos 90, um primo pobre do Geocities. O serviço tentou gerar renda de diversas formas, incluindo assinaturas e hospedagem profissional. No final das contas, o que realmente tirou a empresa do vermelho foram os anúncios publicitários.

Com uma boa quantidade de páginas pessoais hospedadas, o Tripod começou a analisar o seu conteúdo e oferecer publicidade contextual, em uma época em que isso ainda estava engatinhando. Mas alguns anunciantes temiam ver seus banners associados à página onde iriam aparecer.

Zuckerman lembra que o caso mais emblemático foi o de uma grande empresa de veículos que ele não cita o nome que “surtou quando descobriu que comprou espaço publicitário em uma página que celebrava o sexo anal”. Para contornar o problema, ele programou o que viria a ser um tormento: um anúncio que abria em uma janela separada, o popup.

“Eu sinto muito. Nossas intenções eram boas”, escreveu o programador em um longo artigo publicado no Atlantic. Atualmente, Zuckerman defende que o modelo atual de publicidade está fadado a morrer e que anúncios personalizados, como os que o Tripod fazia ou que o Facebook pratica nos dias de hoje, tem falhas e fere a privacidade.

“É hora de começar a pagar por privacidade, de apoiar serviços que nós amamos, e abandonar aqueles que são gratuitos, mas nos vendem – os usuários e nossa atenção – como o produto”, conclui o criador do popup.