Um novo vazamento promovido pela Wikileaks revelou nesse sábado como a Presidenta Dilma Rousseff e o governo brasileiro foram monitorados pela NSA.
A agência de espionagem norte-americana grampeou o telefone de Dilma Rousseff e os números de 29 outros telefones de seu governo, incluindo o telefone via satélite do avião presidencial.
O vazamento diz respeito ao primeiro mandato da Presidenta. A lista de alvos inclui o ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci; o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito Siqueira, responsável pela segurança da presidente da República; o ex-ministro das Relações Exteriores e atual embaixador do Brasil em Washington Luiz Alberto Figueiredo, então subsecretário-geral de Meio Ambiente; entre outros.
Segundo o Wikileaks, foram monitorados também o escritório de Dilma Rousseff, seu assessor pessoal, sua secretária, além de embaixadas, residências de diplomatas e até o Banco Central. O fundador da ONG Julian Assange afirma que não há como garantir que a espionagem realizada foi realmente encerrada.
O processo de monitoramento veio à público pela primeira vez no final de 2013 e causou constrangimento entre os Presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff. Os detalhes e a lista completa de alvos, entretanto, só foram divulgados agora neste final de semana.
Ironicamente, o vazamento acontece durante a primeira visita da Presidenta aos Estados Unidos após a divulgação inicial do esquema de espionagem. O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, em entrevista ao G1, afirmou que o caso “está superado”, apesar do novo vazamento.
“A posição do governo é de que esse episódio é relacionado a episódios antigos. O próprio governo americano reconheceu internacionalmente o erro e assumiu compromisso de mudança de prática. Para o governo, está superado”, afirmou o Ministro.
A lista completa está disponível no site da Wikileaks.