O polêmico YouTuber PewDiePie teve seus contratos cancelados ao mesmo tempo com uma divisão da Disney e com o YouTube após uma nova controvérsia.
Vídeos publicados e já removidos do sueco Felix Kjellberg apresentariam conteúdo considerado racista e anti-semita e se tornaram o pivô da briga entre ele e as empresas.
No total, foram nove os vídeos que traziam piadas de mau gosto, entre eles um cartaz com a mensagem “morte a todos os judeus” e outro que trazia uma pessoa fantasiada de Jesus defendendo Adolph Hitler. Pewdiepie tentou argumentar que “estamos em 2017 agora. Nós vamos ter que começar a separar o que é uma piada do que é realmente problemático. Uma piada é realmente puro racismo?”. Mas posteriormente acabou admitindo seu erro: “embora essa não fosse minha intenção, eu compreendo que essas piadas foram definitivamente ofensivas”.
A Disney, proprietária da produtora Maker Studios que tinha contratos publicitários com o canal de Pewdiepie, anunciou hoje pela manhã que não tem mais qualquer ligação comercial com o YouTuber após uma reportagem do The Wall Street Journal apontou os vídeos problemáticos publicados. Segundo um porta-voz do estúdio, “embora Felix tenha criado seu espaço sendo provocativo e irreverente, ele claramente foi longe demais e os vídeos resultantes são inapropriados”.
Horas depois foi a vez do YouTube anunciar que Pewdiepie não terá sua série renovada no canal YouTube Red e ainda está cortado de figurar na plataforma de assinaturas. De acordo com a empresa, a segunda temporada do reality show “Scare PewDiePie” foi cancelada e o polêmico YouTuber não faz mais parte do YouTube Red, onde figurava como um dos principais chamarizes.
Pewdiepie conta atualmente com 52 milhões de inscritos em seu canal principal na plataforma de vídeos e é um dos vlogueiros mais bem pagos do mundo graças ao volume de sua audiência. O canal público continua operando no YouTube, sem restrições, mas resta saber por quanto tempo seu reinado irá durar sem o apoio de patrocinadores e parceiros.