Depois de 19 anos de atividades, o DMOZ, um dos pilares da internet, está fechando suas portas a partir de 14 de Março.
O projeto de catalogar o conteúdo da web por editores humanos foi um dos pais dos mecanismos de busca modernos e serviu de base para os trabalhos do Google, Altavista, Lycos e muitos outros.
O DMOZ nasceu em 1998 com o nome de GnuHoo, mas enfrentou protestos da Gnu e mudou seu nome para NewsHoo, quando então bateu de frente com o emergente Yahoo e mudou novamente de nome para Open Directory. Ao ser comprada pela Netscape, a iniciativa passou a ser batizada de Netscape Open Directory. Depois, o projeto passou a ser hospedado no endereço directory.mozilla.org, de onde tirou sua abreviatura mais duradoura.
Apesar das mudanças de nome, o DMOZ nunca alterou sua proposta: oferecer uma curadoria humana para páginas e sites disponíveis na internet, livre da ação de algoritmos e, pelo menos na teoria, com conteúdos mais relevantes para diversas categorias. Apesar do Yahoo ter um projeto similar quando iniciou (encerrado em 2014), o DMOZ tinha uma proposta mais flexível e mais aberta para a comunidade, um modelo que acabou servindo de inspiração para a própria Wikipedia.
Entretanto, a chegada do Google e sua até então inédita agilidade e aparente infalibilidade cativou os usuários e explicitou o que já era mais ou menos óbvio: era impossível catalogar todo o conteúdo da web sem a ajuda de máquinas e muito menos baseado em critérios subjetivos de editores, por melhor intencionados que eles fossem. Agora, sem uma mensagem de despedida ou qualquer tipo de explicação, o DMOZ anuncia a data do seu encerramento.