Pesquisadores da Universidade de Colúmbia e do Centro de Genoma de Nova York, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova técnica que permite armazenar em tese 215 petabytes de dados em um grama de DNA sintético.
Batizada de DNA Fountain, o novo método utiliza algoritmos comumente empregados para streaming de vídeo em dispositivos móveis para reduzir a taxa de ruído e multiplicar e muito a estimativa anterior de armazenamento.
Empresas como Microsoft e outras estão estudando a possibilidade de guardar dados em larga escala em filamentos de DNA sintético, dada a imensa capacidade de armazenagem das moléculas e sua durabilidade que pode se estender por milhares de anos nas condições certas. Para seus testes, os pesquisadores das duas entidades gravaram o sistema operacional KolibriOS, um filme antigo francês, um gift card da Amazon no valor de $50, um vírus de computador, uma placa Pioneer e um livro sobre teoria da comunicação em 72.000 espirais de DNA.
O resultado final após a síntese foi uma densidade de dados de 1.57 bits por nucleotídeo, o que permitiria guardar 215 petabytes de dados em um único grama do material, cerca de 100 milhões de filmes com qualidade HD. É uma marca que supera em larga escala a taxa de 700 TB por grama obtida pela Microsoft em Maio do ano passado.
Por enquanto, esses avanços estão restritos às paredes dos laboratórios: o custo de produção de um megabyte de informação codificada em DNA pode chegar a US$3.500. Entretanto, os pesquisadores envolvidos nessa fronteira acreditam que os custos podem cair drasticamente no futuro, com avanços no processo de síntese química das moléculas assim como no barateamento do equipamento necessário para decodificar o DNA.