Não é só a Amazon ou a Netflix que estão de olho na tecnologia dos drones: bandidos em São Paulo usaram um destes veículos aéreos controlados remotamente para entregar cocaína dentro de um presídio diante do olhar espantado dos guardas.
O drone do pó sobrevoou o CDP 1 (Centro de Detenção Provisória), de São José dos Campos, na manhã de sexta-feira e jogou um pacote com 250 gramas de cocaína no meio do pátio. Um grupo de presos correu para pegar a droga, mas a “entrega” depois foi apreendida pelos agentes penitenciários que testemunharam a evolução da aeronave.
Nem o drone, nem seu operador remoto, nem o responsável que teria feito a encomenda foram identificados até o momento. A ação levou a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo a suspender as visitas de um pavilhão inteiro que aconteceriam nesse sábado, enquanto investiga o incidente.
Apesar da ousadia, essa não foi a primeira vez em que criminosos utilizaram da tecnologia dos veículos não-tripulados para propósitos ilegais. As FARC em associação com os cartéis de drogas colombianos vem empregado submarinos remotos para transporte de drogas há anos. Em 2009, traficantes tentaram realizar o mesmo truque de entregar cocaína em um presídio na Inglaterra. Também em 2009, um drone caído foi encontrado próximo ao presídio de segurança máxima de Raposo Tavares, em Osasco, com uma carga de celulares acima do suportado pelo aparelho. No Canadá, desde o ano passado os drones se tornaram um problema frequente de segurança em prisões.
