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Está na hora de seu acervo de músicas ir para a nuvem?

Música
A Google se juntou à Amazon no início de maio na festa dos serviços de armazenamento de música na nuvem, e a Apple também estaria próxima de entrar na dança, segundo rumores recentes. Mas com alguns dos maiores nomes da tecnologia tentando colocar todas nossas músicas na nuvem, será que os usuários estão prontos para seguir esses passos?

Serviços de streaming como Rdio e MOG tem mais e mais usuários que se importam cada vez menos com a noção de realmente possuir a música que escutam, e o analista da ABI Research, Aapo Markkanen, diz que se não estamos nessa, em breve estaremos.

Mas ele não espera que o Google Music Beta ou o Amazon Cloud Drive sejam aplicativos matadores que nos convençam a permitir que nossas músicas voem para a atmosfera. Em vez disso, ele está apostando em serviços de streaming.

“É esperado que o número de assinantes de serviços móveis de streaming de músicas (no mundo todo) chegue a 5,9 milhões até o final deste ano”, diz Markkanen. “A ABI Research acredita que esse número irá ultrapassar os 160 milhões em 2016.”

A ABI afirma que esse crescimento será dirigido em grande parte por pessoas mudando de tocadores de MP3 para seus smartphones para ouvir música, assim como uma queda gradual nos preços de assinaturas dos serviços de música digital.

Venda dífícil

O especialista em tecnologia do Rasmussen College, Hap Aziz, afirma que as assinaturas de streaming são mais difíceis de vender a curto prazo.

“Existem literalmente milhões de tocadores musicais em uso atualmente que não são capazes de acessar conteúdo pela nuvem”, escreveu Aziz em um e-mail. “Não imagino as pessoas agora se desfazendo de seus aparelhos perfeitamente bons e gastando 100 dólares ou mais por um aparelho com Wi-Fi habilitado.”

Apesar da crescente presença de serviços 3G e até 4G, o expert acrescenta que a disponibilidade de planos de dados de baixo custo parece estar indo na direção errada para promover um grande movimento para a nuvem.

“As grandes operadoras wireless (dos EUA) parecem introduzir aos poucos seus planos de dados ilimitados, então isso não cria um cenário positivo… Em dois anos, não haverá conectividade de rede suficiente (com um custo baixo o suficiente) para nos permitir mudar 100% do armazenamento local.”

Markkanen, da ABI, afirma que a reprodução offline oferecida por serviços como Rdio e MOG oferece armazenamento local, ainda que sem a flexibilidade de possuir todos os direitos que vêm com os MP3s. Ele reconhece que isso pode impedir o progresso de tais serviços, além de uma falta de conhecimento de seus nomes entres os usuários comuns.

“Será preciso uma dessas grandes empresas lançar um serviço de assinatura e todo aquele grande orçamento de publicidade para realmente empurrar isso para os consumidores.”

Até que esse dia chegue, somos deixados com algumas poucas opções principais para colocar nossas músicas na nuvem. Aziz e Markkanen analisaram cada uma delas e criaram esse rápido guia para música na nuvem:

Rdio/MOG

Disponíveis apenas nos EUA, esses serviços de assinatura para streaming ilimitado não inovam muito – vide Pandora e Rhapsody, mas têm feito sucesso. Isso acontece em parte por seus preços competitivos – US$4,99 por mês para streaming ilimitado ou US$9,99 se você quiser tocar música on ou offline em um aparelho móvel), pelo amplo catálogo (7 milhões no Rdio e 9 milhões no MOG) e facilidade de uso.

Aziz nota que ambos os serviços são mais baratos do que seus predecessores Rhapsody ou Zune. “Estou pensando quando a Microsoft vai comprar o MOG para entrar no espaço.” Mas ele lembra que “muitos usuários também vão querer comprar suas músicas, senão irão descobrir que não possuem um carro ao final do financiamento.”

Amazon Cloud Drive

A Amazon foi o primeiro grande nome a entrar no jogo neste ano e o Cloud Drive é exatamente o que parece: um grande espaço de servidor para todas as suas mídias que podem ser acessadas a partir de qualquer lugar. É possível começar com 5GB de armazenamento grátis e rapidamente subir para 20GB por US$20 por ano ou até 1.000GB por US$1.000 anuais.

Masa Amazon não oferece streaming ilimitado ou qualquer outro acesso gratuito a uma grande biblioteca, como Rdio e o MOG. O Cloud Drive é basicamente um armazenamento de arquivos barato e fácil de usar, mas que não vem com nenhuma garantia de segurança, compartilhamento ou habilidade sincronização.

Para Markkanen, essa abordagem faz sentido para a companhia, pois um serviço de assinaturas iria canibalizar suas vendas de músicas digitais.

Google Music Beta

Talvez o maior anúncio da gigante de buscas no seu evento Google I/O no início de maio, o Music Beta é atualmente uma festa fechada (apenas para americanos, além da necessidade do envio de um convite). O serviço possui essencialmente o mesmo conceito do Cloud Drive, mas com mais espaço de armazenamento gratuito, até 20 mil faixas. A empresa ainda não falou sobre possíveis preços após a versão beta.

Aziz acredita que o mais legal para o serviço é uma potencial integração com o Google At Home, também anunciado no evento da empresa. “Imagine como seria legal andar pela casa e simplesmente dizer alto, “Toque o Álbum Branco (dos Beatles) ”? Ou fazer pedidos verbais para o rádio do carro. E com tanto aparelhos Android por aí…”.

Parece que a Apple está adotando uma abordagem do tipo “esperar para ver” quanto ao mercado de músicas baseadas na nuvem – ela comprou e fechou o serviço de músicas na nuvem LaLa no ano passado e agora deixou que Amazon, Google e outras empresas menores saíssem na frente.

Markkanen espera da Apple algo similar ao Amazon Cloud Drive para se integrar com o iTunes. Já Aziz vê potencial para conveniência a mais se a Apple conseguir acordos de licença que acabem com a necessidade de fazer upload para a nuvem, mas pode não ser o suficiente para converter todos que odeiam a Apple por aí.

Com informações de IDGNOW.