Um estudo publicado hoje na Public Library os Science aponta que, apesar das redes sociais facilitarem a comunicação entre as pessoas, a utilização desses serviços não faz os usuários mais felizes.
Segundo o estudo da Universidade de Michigan (UM), o uso do Facebook, em especial, prevê uma redução no bem-estar do usuário. O estudo é a primeira pesquisa publicada que examina a influência do Facebook na felicidade das pessoas.
– Superficialmente, o Facebook proporciona um recurso valioso para a satisfação de necessidade humana básica de conexão social. Mas, ao invés de realçar o bem-estar, encontramos que o uso do Facebook prevê o resultado oposto, solapa o bem-estar – afirmou o psicólogo social da UM e principal autor do artigo, Ethan Kross.
Para realizar o estudo, os pesquisadores recrutaram 82 jovens adultos (na faixa entre 18 e 25 anos), um dos principais grupos demográficos da rede social. Todos os voluntários possuíam smartphones e contas no Facebook. Como metodologia, os pesquisadores utilizaram a amostragem de experiência, buscando avaliar o bem-estar subjetivo dos participantes enviando, ao acaso, cinco mensagens de texto por dia, durante duas semanas.
As mensagens continham um link para uma enquete que continha as seguintes perguntas: como se sente neste momento? Quão preocupado está? Quão solitário se sente neste momento? Quanto usou o Facebook desde a última vez que te perguntamos? Quanto interagiu “diretamente” com outras pessoas desde a última vez que te perguntamos?
Segundo o estudo, quanto mais as pessoas utilizavam o Facebook durante um período, pior elas se sentiam depois. Os pesquisadores também solicitaram aos voluntários que descrevessem seu nível de satisfação com a vida no início e no fim do período de estudo, e foi constatado que, quanto mais os participantes utilizavam o Facebook, mais os níveis de satisfação com a vida diminuíam.
Além disso, os pesquisadores também constataram que as interações diretas com outras pessoas fora da internet fazia com que os voluntários se sentissem melhor.