O Evernote se viu envolvido no meio de uma polêmica: uma mudança na Política de Uso informava que funcionários da empresa poderiam ter acesso ao conteúdo arquivado por usuários da plataforma.
A suposta violação da privacidade causou pânico ontem, mas o CEO do serviço, Chris O’Neill garantiu hoje que o problema nasceu de uma “falha na comunicação”.
Os novos termos de uso especificam que funcionários poderiam visualizar conteúdo dos usuários para atender ordens judiciais ou investigar possíveis violações das regras do aplicativo, mas o tópico que provocou a revolta foi a possibilidade de estender esse acesso para casos onde era necessário “manter e aperfeiçoar o serviço”. Para O’Neill faltou especificar no contrato que esse acesso seria completamente anônimo, focado em fragmentos de anotações armazenadas e qualquer informação que pudesse levar à identificação do usuário seria removida da análise.
“Empregados selecionados do Evernote podem ver conteúdo aleatório para assegurar que as funcionalidades estão funcionando adequadamente mas eles não saberão a quem ele pertence. Eles irão ver somente um fragmento que estão checando”, afirmou O’Neill. O CEO do Evernote também se desculpou pela polêmica: “nós recentemente anunciamos uma atualização da política de privacidade do Evernote que nós comunicamos inadequadamente e isso resultou em alguma compreensível confusão”.
Entretanto, a crise chamou a atenção dos usuários para a atual política de uso do Evernote, que já garante, em termos vagos, acesso a um conteúdo que muitos julgavam privado. A partir de 23 de Janeiro, a nova política entra em vigor, ampliando o número de casos em que isso pode acontecer.