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Facebook, Google e Twitter voltam a ser alvo de processos na Justiça por permitir conteúdo extremista

Facebook, Google e Twitter irão sentar novamente no banco dos réus na Justiça norte-americana acusados de permitir a publicação e propagação de conteúdo extremista na internet.

Desta vez, o processo foi aberto por familiares das vítimas do atentado de San Bernardino, de 2015, que acreditam que os gigantes de tecnologia foram coniventes com a ascensão do ISIS.

O processo coletivo teve entrada nessa quinta-feira, na Corte Distrital da Califórnia e, de acordo com a acusação, “por anos, os acusados tem sabidamente e descuidadamente providenciado ao grupo terrorista ISIS contas para utilização em suas redes sociais como ferramentas de propagação de propaganda extremista, coleta de fundos e atração de novos recrutas”. Ao todo, são quatro crimes diferentes atribuídos às empresas do Vale do Silício, incluindo homicídio culposo, por negligência com suas responsabilidades perante o extremismo.

O atentado de San Bernardino resultou na morte de 14 pessoas, com um saldo final de 22 feridos, quando Syed Farook e sua esposa Tashfeen Malik abriram fogo com armas de calibre pesado durante uma festa de confraternização do Departamento de Saúde Pública local, onde Farook trabalhava, na cidade de San Bernardino, na Califórnia. O caso conquistou as manchetes dos sites de tecnologia quando o FBI e a Apple travaram uma batalha de argumentos para tentar desbloquear o iPhone de Farook em busca de pistas sobre o crime.

Essa não é a primeira e provavelmente não será a última vez que Google, Facebook ou Twitter são acusados de hospedar involuntariamente conteúdo ou discussões pertinentes a grupos extremistas. Até o momento, as decisões judiciais tem sido favoráveis às empresas. Fora dos tribunais, as corporações tem se comprometido a aperfeiçoar filtros e bloquear contas e comunidades que violem suas políticas de uso e façam apologia à violência.