O Facebook anunciou nessa quarta-feira que mudou novamente o algoritmo de importância do feed de notícias dos seus usuários.
A partir de agora, amigos e parentes passam a ter mais relevância que empresas, geradores de conteúdo e páginas, com o objetivo de manter os valores que levaram à criação da rede social.
“Quando lançamos o Feed de Notícias, em 2006, era difícil imaginar o desafio que enfrentamos atualmente: muitas informações para qualquer pessoa consumir. Na década que seguiu, mais de 1 bilhão de pessoas se juntaram ao Facebook, e hoje uma grande quantidade de histórias é compartilhada todos os dias. É por isso que as histórias no Feed de Notícias são ranqueadas – para que as pessoas vejam o que mais importa primeiro e não percam conteúdos importantes de seus amigos e familiares”, diz o comunicado oficial.
O Facebook está buscando uma maior transparência sobre a forma como seus processos internos funcionam e, por isso, divulgou o conjunto de regras que controlam o que fica mais visível para cada usuário:
- “Amigos e Familiares primeiro”: o Facebook volta a priorizar conteúdo gerado pelas pessoas mais próximas do usuário, em uma escala de relevância. A empresa afirma que “aprendemos com suas ações e nos adaptamos ao longo do tempo. Por exemplo, se você costuma curtir fotos da sua irmã, nós começaremos a colocar as publicações dela no topo de seu feed para que você não perca o que ela postou”.
- “Seu feed deve informar”: nesse critério encaixam-se postagens de eventos relevantes, notícias, uma história sobre alguma celebridade ou mesmo uma dica ou receita compartilhada. O Facebook explica que “nós estamos sempre trabalhando para melhor entender o que é interessante e informativo para cada usuário, para que estes conteúdos apareçam sempre em destaque”.
- “Seu feed deve entreter”: a rede social também foi feita para se divertir e isso pode significar um vídeo, uma transmissão ou imagem engraçada, que divirtam o usuário. O comunicado declara que “nós trabalhamos bastante para entender e prever quais posts no Facebook você considera divertidos para nos certificar que você não os perca”.
- “Uma plataforma para todas as ideias”: e nesse ponto o Facebook rebate as acusações de que poderia estar manipulando o que aparece no feed de notícias de seus usuários. O tópico ganhou uma explicação mais detalhada da empresa: “Nosso negócio não é escolher o que as pessoas devem ler. Nós conectamos pessoas e ideias – e entregamos a elas histórias que consideramos ser mais significativas a elas. Nossa integridade depende de ter uma política inclusiva em todas as perspectivas e pontos de vista”.
- “Comunicação Autêntica”: ou seja, o Facebook vai reforçar o combate a conteúdo que iluda o usuário, como chamadas falsas e material sensacionalista. Em suas palavras, “estamos trabalhando para compreender que tipos de histórias as pessoas acreditam ser enganosas, sensacionalistas e spam, e queremos que as pessoas vejam menos disso”. É uma luta árdua que o Facebook vem travando há anos.
- “As pessoas no controle de sua experiência“: o Facebook explica que o próprio usuário pode ajudar a tornar seu feed de notícias mais relevante através das ferramentas de controle já oferecidas pela rede social, como “deixar de seguir”, “ocultar” e “ver primeiro”. De acordo com a empresa, “quando são utilizadas, nos permitem usar essa ação como feedback para nos ajudar a entender quais conteúdos são mais significativos”.
- “Interação constante”: isso significa que o Facebook não considera essa alteração nos seus algoritmos como definitiva e continuará experimentando, buscando o melhor para o usuário. E conclui que “enxergamos nosso trabalho como apenas 1% concluído – e estamos dedicados a melhorar ao longo do tempo”.
