O Facebook fez notícia nessa semana depois que um experimento controverso, realizado com 689 mil usuários, foi revelado. A pesquisa, que promoveu comentários positivos ou negativos em uma porcentagem de Feeds de Notícias, foi criada pela equipe de pesquisadores da rede social, Data Science.
A equipe, fundada em 2007, é composta por cerca de 30 médicos, cientistas e ex-acadêmicos que, de acordo com o Wall Street Journal, têm realizado centenas de testes nos 1,3 bilhão de usuários do Facebook.
Segundo o Wall Street Journal, em um desses testes, milhares de usuários do Facebook receberam uma mensagem da empresa. A mensagem dizia que a pessoa tinha sido bloqueada na rede social porque o Facebook achava que ela era ou um robô ou estava usando nomes falsos. Na realidade, a mensagem foi enviada deliberadamente para usuários reais numa tentativa de reforçar as capacidades anti-fraude da rede.
Muitos dos testes do grupo serviram de base para estudos publicados, incluindo artigos que detalharam como famílias se comunicam, examinando causas da solidão, e questionando se “mensagens de mobilização política” enviadas para 61 milhões de pessoas influenciaram seus votos eleitorais nos EUA.
Experiências como essas supostamente não foram submetidas a uma revisão formal antes de começarem. Falando ao The Wall Street Journal, Andrew Ledvina – que trabalhou para o laboratório entre 2012 e 2013 – disse que “qualquer um na equipe poderia fazer um teste”, sem a necessidade de seguir o tipo de processo de revisão rigorosa que experiências acadêmicas estão sujeitas. Ledvina disse que os testes eram tão comuns que os cientistas ficavam preocupados que usuários estariam envolvidos em muitas experiências ao mesmo tempo, fornecendo resultados imprecisos.
Sobre o experimento com 689 mil usuários, o Facebook se defendeu, dizendo que adotou diretrizes mais rigorosas desde o estudo, atualização seus termos de serviço para indicar especificamente que os dados de usuários podem ser usados para pesquisas.
