Os especialistas da FireEye estão trabalhando para prever com precisão as tendências e fornecer uma análise muito apurada no que tange a perspectiva de segurança para 2016
De acordo com a FireEye o ano de 2015 apresentou inúmeros incidentes causados por hackers individuais. No entanto, também houve ações de grupos patrocinados por governos e isso deve crescer em 2016.
“Todos os países estão lutando para determinar o que seria uma boa defesa cibernética dentro da vasta gama de verticais no setor privado. Ao reconhecer que grande parte dos setores público e privado não estão preparados para prevenir ou detectar ataques sofisticados, as nações estão explorando maneiras de estabelecer e aplicar comportamentos”, diz Kevin Mandia, presidente da FireEye.
Grady Summers, vice-presidente sênior e diretor técnico da FireEye, prevê que haverá crescimento de ataques baseados em infraestrutura, contra os sistemas de controle industrial (ICS, no inglês), causados pelo aumento de conectividade dos sistemas de tecnologia operacional de monitoramento remoto e de diagnósticos, infraestrutura legada e, predominantemente, pela ação de malwares.
Já Ryan Brichant, vice-presidente e CTO de infraestrutura crítica da FireEye, acredita que a falta de conhecimento sobre ataques específicos aos sistemas de controle industriais fomentará a necessidade de mais produtos de nicho em cibersegurança, voltados aos ambientes ICS. Também aumentará a inteligência de ameaças em ICS, uma vez que as empresas de segurança tomam mais ciência do quão diferentes são a tecnologia da informação e a tecnologia operacional.
A noção de casa conectada também pode fazer dos ambientes residenciais um grande alvo neste ano. Summers alerta que sistemas de automação e de segurança residencial conectados à internet, de preço acessível, podem permitir que hackers espionem os donos da casa e desarmem os sistemas de segurança.
O mundo de carteiras móveis e leitores de tarja magnética cresce rapidamente e sem a proteção necessária para garantir a segurança das transações. O resultado será o aumento de malwares direcionados a esses sistemas neste ano.
Nem a Apple irá escapar da mira dos hackers esse ano. Especialistas da FireEye acreditam que, com o aumento da participação de mercado da Apple nos segmentos móvel e desktop, seus produtos passam a ser de grande valia para os cibercriminosos.
Tradicionalmente seguro, o software da marca sofreu algumas ameaças nos últimos tempos, sendo que algumas se tornaram persistentes e evoluíram ao longo dos anos. Somente em 2015, os pesquisadores de segurança móvel da FireEye identificaram três novas ameaças do tipo Masque Attack, que permite a substituição de um aplicativo autêntico por um malicioso. Foi apontado que atacantes poderiam destruir apps, quebrar o contentor de dados de aplicativos e sequestrar o tráfego da rede virtual privada (VPN).
A FireEye também enfatiza que as organizações deverão se atentar quanto às fusões e aquisições (M&A) futuras. Para 2016, a compra de uma empresa também pode significar a aquisição de redes contaminadas e com propriedade intelectual comprometida. Por isso, os grupos terão de confiar cada vez mais em avaliações de compromisso ao realizar o M&A.