Por anos, o Google financiou diretamente o desenvolvimento do Firefox. Com o fim do acordo financeiro no ano passado, o navegador rival ficou livre do gigante da busca e procurou novas fontes de renda.
Passado um ano, a Fundação Mozilla comunicou aos usuários nesta quarta-feira que está indo muito bem e atingiu um faturamento satisfatório sem precisar do financiamento do Google.
Denelle Dixon-Thayer, chefe do escritório de negócios e assuntos jurídicos da Mozilla, declarou que “nós não temos uma relação comercial com o Google nesse momento. Isso nos traz de volta para nossa estratégia de como podemos encorajar maior competição”.
A Mozilla substituiu o Google por outros mecanismos de busca, como o Yahoo no mercado americano, Baidu na China e Yandex na Rússia, e começou timidamente a inserir anúncios em abas do Firefox.
Ao mencionar “maior competição”, Thayer não estava exagerando: a fundação sem fins lucrativos também pretende lutar contra o Google nas plataformas móveis e prometeu investir pesado no Firefox OS no próximo ano, abrindo uma nova frente de batalha da velha guerra dos navegadores.
Embora o Google no passado tenha contribuído com centenas de milhões de dólares para o desenvolvimento do Firefox em troca de ser o mecanismo de busca padrão do navegador, a situação ficou desconfortável para as duas empresas com o crescimento e tomada de mercado do Google Chrome. Em 2014, um engenheiro da Mozilla chegou a criticar duramente o possível monopólio do navegador concorrente.
Em 2007, 88% do faturamento do Firefox veio através de contratos com o Google. Entre o final de 2014 e agora, segundo a Mozilla, não entrou um centavo do Google nos cofres da empresa, ainda que o mecanismo de busca ainda seja o padrão adotado pelo Firefox para usuários em quase todo o mundo. Essa posição pode mudar nas próximas versões do navegador.