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Fitas cassete podem substituir os discos rígidos, no futuro

Elas voltarão!

Quem cresceu na década de 90 com certeza se lembra das fitas cassete.
Então, uma boa notícia pros saudosistas de plantão: elas podem voltar.
Porém, esse retorno terá uma função um pouco diferente daquela que estávamos habituados, e que pode não será adaptada aos usuários comuns.
Pesquisadores da Fuji Film, no Japão, e da IBM, na Suíça, já desenvolveram protótipos das fitinhas sendo utilizados como HDs, que podem armazenar 35 terabytes de informação, em um dispositivo de 10 cm x 10 cm x 2 cm de dimensão. Esse resultado foi obtido utilizando uma fita magnética envolvida em partículas de monoferrito de bário – um dos materiais utilizados nas tarjas magnéticas dos cartões de banco.
O alvo principal da pesquisa é o Square Kilometre Array (SKA), que é o maior radiotelescópio do mundo. O equipamento, que estará funcionando até 2024, deve transmitir cerca de 1 petabyte (1 milhão de gigas) de dados comprimidos por dia. Para se ter uma ideia, essa quantidade de dados seria equivalente ao volume necessário para lotar 330 HDs de 3 TB por dia.
Além do custo de produção de fitas cassete ser mais baixo, o consumo de energia também é muito menor. Os pesquisadores estimam que o consumo de um servidor de dados com capacidade de armazenamento similar ao da fita, baseado em HDs, é 200 vezes maior que o das fitas.
A desvantagem é que o acesso aos dados nas fitas é mais lento que o dos HDs, visto que é necessária a interpretação dos dados por um mecanismo de leitura.