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Foxconn substitui 60 mil postos de trabalho por robôs

De uma vez só, a Foxconn substituiu 60 mil funcionários em uma de suas instalações por robôs capazes de executar as mesmas tarefas.

O processo de automação visa otimizar tarefas consideradas repetitivas e simples e é apenas o começo de uma investida da montadora de componentes eletrônicos.

“Nós estamos aplicando engenharia robótica e outras tecnologias inovadoras de fabricação para substituir tarefas repetitivas anteriormente executadas por funcionários e, através de treinamento, também habilitar nossos funcionários a focar em elementos de maior valor agregado no processo de fabricação, como pesquisa e desenvolvimento, controle de processo e controle de qualidade”, declarou a empresa em seu comunicado oficial.

Ainda com mais de 1.2 milhão de profissionais contratados operando em todos os patamares de suas diversas fábricas, a iniciativa da Foxconn pode parecer modesta dentro do quadro geral. Mas o mesmo comunicado também declara que “nós iremos continuar a ligar automação com trabalho humano em nossas operações de fabricação”.

No passado, a Foxconn enfrentou processos e o escrutínio público relacionados às péssimas condições de trabalho em suas instalações e até mesmo uma taxa alarmante de suicídios entre seus funcionários. A medida de substituir os trabalhadores humanos responsáveis pelas tarefas mais psicologicamente desgastantes pode funcionar como uma válvula de escape para esse tipo de problema trabalhista.

Entretanto, analistas também acreditam que estratégias como essa podem ser a nova linha de embate entre sindicatos e empresas, na medida em que máquinas cada vez mais avançadas emergem para assumir postos antes exclusivos de profissionais humanos. Dependendo da pesquisa, entre 35% a 50% dos postos de trabalho atuais podem passar a ser ocupados por robôs nas próximas décadas.